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quinta-feira, 1 de março de 2012

A raiva canina: diagnóstico e tratamento


A raiva canina: diagnóstico e tratamento

Ayrton Mugnaini Jr., especial para o Yahoo! Brasil13 Jan 2012 07:01:04


Reparei numa chamada de capa da revista Cães & Cia. de novembro: “E a vacina antirábica? O que fazer já que a campanha pública falhou”. Li e reli: a campanha da vacina antirábica falhou? Falou-se tanto de maus tratos a animais – não que os responsáveis não devam ser devidamente punidos – com tanto alarde e sensacionalismo, mas ninguém mais noticiou sobre a raiva e esta campanha? Como meu nome é “ninguém mais”, apresento um guia geral de como prevenir, descobrir e tratar a raiva.

Lembrando o que é a raiva
A raiva é uma doença viral que ataca o sistema nervoso e acaba causando encefalite; é simplesmente a zoonose mais perigosa, fatal em nada menos de 100% dos casos nos bichos que a transmitem (mamíferos de sangue quente como cães, gatos, morcegos, bois e vacas, ferrets e, mais comuns fora do Brasil, gambás, chacais, raposas e racuns) e também em pessoas que não forem medicadas em tempo.

O vírus é transmitido pela saliva do bicho infectado, por mordida, arranhão ou mesmo lambida. Após duas a doze semanas aparecem os sintomas: mudanças bruscas e extremas de comportamento (euforia, depressão), ansiedade, paralisia , demência, alucinações; no começo pode parecer apenas uma gripe. Outros sintomas são falta de ar e aversão doentia a líquidos – sim,a hidrofobia, que por muito tempo foi até sinônimo da raiva, e que surge quando o vírus da raiva ataca as glândulas salivares, e engolir líquidos torna-se doloroso; outro efeito da infecção nestas glândulas é o aumento de produção de saliva, resultando em outra característica marcante da raiva que é a salivação “espumante, citada até na canção “Billion Dollar Babies” de Alice Cooper (“foaming likea dog that’s been infected by the rabies”). E a morte vem alguns dias após a manifestação dos sintomas.

Precaução
A raiva era totalmente fatal até Louis Pasteur, aquele, e Émile Roux descobrirem uma vacina preventiva em 1885. E cães e gatos devem ser vacinados todos os anos a partir dos três meses de idade (incluindo fêmeas lactantes, grávidas ou no cio). O governo costuma –ou deveria – promover campanhas, mas, de acordo com a referida edição da Cães & Cia, em 2010 as vacinas apresentaram problemas de efeitos colaterais e neste ano de 2011 a campanha foi limitada a alguns Estadas do Norte e Nordeste onde a doença mais se manifestava.

Obviamente, vacinar o peludo é a primeira providência. Outras incluem evitar mexer com cães e gatos desconhecidos de rua ou selvagens, inclusive se acaso estiverem brigando; avisar o CCZ ou outro órgão responsável por animais caso veja algum animal de aparência ou comportamento estranho, especialmente se houver suspeita de ele estar raivoso . Não custa lembrar que castrar os peludos reduz a quantidade potencial de cães abandonados e sujeitos à raiva e outras doenças.

Providências
Caso você seja premiado com mordida de algum animal desconhecido, lave o local ferido com água e sabão por 10 a 15 minutos e vá ao médico imediatamente. O bicho que te mordeu deverá ser identificado e reportado ao proprietário ou ao CCZ; se ele desaparecer ou falecer, procure orientação no CCZ imediatamente. E a vacina é uma boa precaução, mas não basta; se um animal vacinado for mordido por outro contaminado pela raiva, deverá ser revacinado e observado por 90 dias.

Pois bem, tendo cumprido o dever, agora sim, posso agradecer a vocês pela atenção, críticas construtivas e elogios, e desejar um excelente 2012 a todos, família, amigos e aqueles que são família e amigos – sim, nossos peludos.

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