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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Jovens e Adultos: Os Doze Profetas Menores
Lição 05: Obadias – O Princípio da Retribuição


Professoras e professores, para esta lição, apresento as seguintes sugestões:
- Iniciem a aula, cumprimentando os alunos, perguntem como passaram a semana. Escutem atentamente as falas dos alunos e observem se há alguém necessitando de uma conversa e/ou oração. Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e apresentem cada um.
Após a chamada, solicitem ao secretário da classe a relação dos alunos ausentes e procurem manter contato com eles durante a semana, através de telefone ou email.
Compreendem a importância desse ato?
Os alunos se sentirão queridos, cuidados, perceberão que vocês sentem falta deles. Dessa forma, vocês estarão estabelecendo vínculos afetivos com seus alunos.


- Falem: A aula de hoje será sobre o livro de profeta Obadias, o quarto de uma série de 12 livros. A lição tem como título “Obadias – O Princípio da Retribuição”.




- Introduzam o estudo do tema, procurando entender o significado da palavra “retribuição” e depois sobre “Princípio da Retribuição”.


Procurem primeiro conhecer o que os alunos já conhecem sobre isto. Escutem atentamente a fala de cada um e, a partir das ideias expostas, formulem conjuntamente um conceito, corrigindo ou acrescentando outras informações.


Vocês podem ainda utilizar alguns ditados populares, para ajudar os alunos no entendimento do tema, tais como:
“Quem semeia vento, colhe tempestade”.
“Quem com ferro fere, com ferro será ferido”.


- Depois, apresentem a estrutura do livro do profeta Obadias e sua mensagem.


- Falem sobre o princípio da retribuição no livro de Obadias e depois leiam o texto de reflexão “O Eco e a Vida”.


- Trabalhem o conteúdo da lição, oportunizando a participação do aluno, envolvendo-o através de exemplos e situações próprias de sua idade. Dessa forma, vocês estão contextualizando o tema com a vida do aluno, além de promover uma aprendizagem mais significativa.


- Para finalizar o estudo do tema, utilizem a dinâmica “Sementes”.


Tenham uma excelente e produtiva aula!


Recomendação:


Professoras e professores,
No momento de preparação da aula, leiam a lição pelo menos 02 vezes, anotem os pontos mais importantes. Pesquisem sobre este tema em livros e sites confiáveis. Não percam o foco do tema da aula, daí a importância de levantar pontos principais e não se prender em pontos pouco relevantes. Preparem-se para ministrar a aula!


Leiam com atenção, este trecho do livro “O Que todo professor de Escola Dominical deve saber”, de Elmer L. Tows:
“Uma professora iniciante de Escola Dominical sentia-se frustrada porque aparentemente não conseguia ser compreendida pela classe. Ela procurou sua mestra favorita, uma professora de Escola Dominical para adolescentes, a fim de pedir ajuda. A professora de adolescentes meneou a cabeça e disse: “Acho que o meu problema era igual ao seu. Quando comecei a lecionar, pensava que deveria ensinar tudo o que sabia, todas as semanas, ou ao menos tudo o que estava listado na revista do professor. Então percebi que se eu levara vinte anos para aprender tudo o que sei, talvez devesse deixar que os alunos estudassem a Bíblia em seu ritmo. Quando mantive o foco no único conceito realmente importante em cada lição, tornei-me uma professora melhor e a Escola Dominical, mais agradável’.
Muitos professores confrontam-se com a enorme quantia de ensino bíblico que desejam transmitir num tempo muito limitado. Como pode um professor de Escola Dominical discorrer sobre tudo o que se encontra no manual do mestre nos trinta ou quarenta minutos que passa realmente ensinando? Professores eficazes aprenderam a limitar cada lição a uma verdade central. Ensinar um único princípio a cada aula facilita o ensino e o aprendizado. E quando os alunos compreendem um princípio básico, podem supor o restante por si mesmos.
Um dos primeiros passos ao preparar o plano de aula é identificar uma verdade ou tema central da lição. Se a sua lição não for construída ao redor dessa verdade central, os membros da classe não serão desafiados a aprender. Se tentar comunicar muita coisa numa sala única de aula, os alunos sentir-se-ão sobrecarregados e desestimulados.
Você só descobrirá a verdade central investindo tempo e energia no estudo da lição. Isso envolve mais do que ler casualmente um trecho das escrituras. Primeiro, você precisa de tempo e lugar definidos dedicados ao preparo das lições. Se possível, estude um pouco a cada dia, em vez de tentar preparar-se apressadamente de uma só vez. Isso lhe dará tempo para refletir sobre o conteúdo e identificar a verdade central”.

Postado por Sulamita Macêdo às 29.10.12 0 comentários





Dinâmica: Sementes


Objetivo: Refletir sobre o princípio da semeadura e da colheita.


Material:
01 cesta pequena com sementes variadas.
01 copo descartável pequeno(tipo cafezinho) para cada aluno.


Procedimento:
- Leiam Gl 6.7 “... tudo o que o homem semear, isso também ceifará”.
- Falem: Este é o princípio da semeadura e da colheita.
- Perguntem: Que tipo de sementes estamos semeado? O que estamos colhendo?
- Distribuam 01 copo descartável pequeno(tipo cafezinho) para cada aluno.
- Passem para os alunos a cesta com as sementes e solicitem para que eles retirem no máximo 05 unidades diferentes e coloque-as no copo.
- Depois, orientem para que os alunos falem sobre as ações, representadas pelas sementes, que eles desejam cultivar em suas vidas para que tenha êxito no seu relacionamento com Deus e com o próximo.
- Agora, repitam a leitura de Gl 6. 7.
- Reflitam ainda: Já imaginou a quantidade do que vocês podem receber de volta daquilo que estão plantando?
- Leiam II Co 9.6 “...O que semeia pouco, pouco também ceifará; o que semeia em abundância em abundância também ceifará.”
- Analisem ainda que há sementes que germinam com facilidade, mas há outras que precisam de cuidados especiais para que brotem.
Depois façam uma relação disto com as sementes que estamos cultivando, quais delas necessitam de maiores cuidados e tentativas para produzir frutos.
- Para finalizar, leiam Gl 5.22.
Por Sulamita Macedo.



Postado por Sulamita Macêdo às 29.10.12 0 comentários
Marcadores: Dinâmica





Texto de Reflexão: O Eco e a Vida


Um filho e seu pai caminhavam pelas montanhas. De repente seu filho cai, se machuca e grita:
- Aaaiiiii!
Para sua surpresa escuta a voz se repetir, em algum lugar da montanha:
- Aaaiiiii!
Curioso, pergunta:
- Quem é você?
Recebe como resposta:
- Quem é você?
Contrariado, grita:
- Seu covarde!
Escuta como resposta:
- Seu covarde!
Olha para o pai e pergunta aflito:
- O que é isso?
O pai sorri e fala:
- Meu filho preste atenção.
Então o pai grita em direção à montanha:
- Eu admiro você!
A voz responde:
- Eu admiro você!
De novo o homem grita:
- Você é um campeão!
A voz responde:
- Você é um campeão!
O menino fica espantado, não entende. Então o pai explica:
- As pessoas chamam isso de ECO, mas na verdade isso é a vida. Ela lhe dá de volta tudo o que você diz ou faz. Nossa vida é simplesmente o reflexo de nossas ações. Se você quer mais amor no mundo, crie mais amor no seu coração. Sua vida vai lhe dar de volta o que você deu a ela. Sua vida não é uma COINCIDÊNCIA, é CONSEQUÊNCIA do que você faz.

Autor Desconhecido.

Postado por Sulamita Macêdo às 29.10.12

4 Trim_2012_Lição 5: Obadias — O princípio da retribuição

Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Os Doze Profetas Menores — Advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo.
ComentaristaEsequias Soares.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração, pesquisa e postagem no Blog: Francisco A Barbosa.

LIÇÃO 05
Obadias — O princípio da retribuição

04 de novembro de 2012

TEXTO ÁUREO

“Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça”(Ob 1.15).

VERDADE PRÁTICA

Obadias mostra que a lei da semeadura e o princípio da retribuição constituem uma realidade da qual ninguém escapará.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Obadias 1.1-4,15-18


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·         Conceituar soberania divina e livre arbítrio.
·         Elencar os elementos contextuais do livro de Obadias.
·         Saber o princípio da retribuição divina

Palavra Chave
Soberania: Qualidade ou condição de soberano. Do lat. superanus”, um adjetivo qualificativo derivado de “super”, que significa “sobre”. “Soberano” é, portanto, aquele que está “sobre” algo ou alguém; Nesta lição, autoridade inquestionável que Deus exerce sobre todas as coisas criadas no céu e na terra.

COMENTÁRIO

introdução

A afirmação de que Deus é absolutamente soberano na criação, na providência e na salvação é básica à crença bíblica e ao louvor bíblico. A visão de Deus reinando de seu trono é repetida muitas vezes (1Rs 22.19; Is 6.1; Ez 1.26; Dn 7.9; Ap 4.2; conforme Sl 11.4; 45.6; 47.8-9; Hb 12.2; Ap 3.21). Somos constantemente lembrados, em termos explícitos, que o SENHOR reina como rei, exercendo o seu domínio sobre grandes e pequenos, igualmente (Êx 15.18; Sl 47; 93; 96.10; 97; 99.1-5; 146.10; Pv 16.33; 21.1; Is 23.23; 52.7; dn 4.34-35; 5.21-28; 6.26; Mt 10.29-31). O domínio de Deus é total: ele determina como ele mesmo escolhe e realiza tudo o que determina, e nada pode deter seu propósito ou frustrar os seus planos. Ele exerce o seu governo no curso normal da vida, bem como nas mais extraordinárias intervenções ou milagres. Obadias é um livro pequeno, mas que apresenta uma grande verdade: Deus retribui as ações arrogantes do homem no devido tempo. Não importa quanto tempo se passe desde que ajamos de forma perversa com as pessoas que nos cercam: nossos atos não ficam impunes diante de Deus. Tenham todos uma excelente e abençoada aula!

I. A SOBERANIA DE DEUS

1. Conceito. A soberania divina é a garantia de que as promessas de Deus jamais falham e a análise desta prerrogativa do Senhor é importantíssima para o fortalecimento de nossa fé. A soberania de Deus recebe forte ênfase na Escritura. Ele é apresentado como o Criador, e Sua vontade como a causa de todas as coisas. Em virtude de Sua obra criadora, o céu, a terra e tudo o que eles contêm Lhe pertencem. Ele está revestido de autoridade absoluta sobre as hostes celestiais e sobre os moradores da terra. Ele sustenta todas as coisas com a Sua onipotência, e determina os fins que elas estão destinadas a cumprir. Ele governa como Rei no sentido mais absoluto da palavra, e todas as coisas dependem dele e Lhe são subservientes. As provas bíblicas da soberania de Deus são abundantes, mas aqui nos limitaremos a referir-nos a algumas das passagens mais significativas: Gn 14.19; Ex 18.11; Dt 10.14, 17; 1 Cr 29.11, 12; 2 Cr 20.6; Ne 9.6; Sl 22.28; 47.2, 3, 7, 8; Sl 50.10-12; 95.3-5; 115.3; 135.5, 6; 145.11-13; Jr 27.5; Lc 1.53; At 17.24-26; Ap 19.6. Dois dos atributos requerem discussão sob este título, a saber, (1) a vontade soberana de Deus, e (2) o poder soberano de Deus (Louis Berkhof – Teologia Sistemática – p. 68). O chefe de família diz: Não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? e o Deus dos céus e da terra te faz esta mesma pergunta nesta manhã. Não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Não existe atributo de Deus que ofereça mais conforto aos seus filhos do que a doutrina da Soberania Divina. Nas circunstâncias mais adversas, nas mais severas inquietações, eles crêem que a Soberania ordenou as suas aflições, acreditam que ela as governa e os santificará completamente.[ C.H. Spurgeon]. Questionar a moralidade das ações divinas é inadequado. As criaturas não têm o direito de objetar ao que seu Criador faz. Este ensinamento jamais deveria nos levar a pensar que uns são mais dignos que outros, mas sim, que o Criador controla toda a criação. Não há base para o ensino que afirma que podemos exigir de Deus, ou de alguma forma ‘pressioná-Lo’ a fazer algo. A criatura não tem o direito de exigir nada do seu Criador visto que sua existência depende dEle. O domínio de Deus é total: ele determina como ele mesmo escolhe e realiza tudo o que determina, e nada pode deter seu propósito ou frustrar os seus planos. Ele exerce o seu governo no curso normal da vida, bem como nas mais extraordinárias intervenções ou milagres. Para os calvinistas não há livre arbítrio, mas sim, livre agência. “Livre-arbítrio”, tem sido definido, como a capacidade dada ao homem, por ocasião de sua criação, para escolher entre o bem e o mal, entre agradar a Deus ou desobedecê-Lo. Seria o “livre poder de eleger o bem ou o mal”. “Livre Agência ou Capacidade de Escolha: Existe no homem uma capacidade tal que lhe dá condições de fazer escolhas, de acordo com o que lhe é agradável. O homem sempre e em qualquer condição, faz as suas escolhas, de tal forma que ele é responsabilizado por elas. “Essa capacidade ou aptidão é um aspecto inalienável da natureza humana normal”. Ele é livre para escolher o que lhe agrada, de acordo com suas inclinações. Sobre este aspecto da existência humana a CFW diz o seguinte: “Deus dotou a vontade do homem com tal liberdade natural, que ela nem é forçada para o bem nem para o mal, nem a isso determinada por qualquer necessidade absoluta de sua natureza.” (Tg 1.14; D. 30.19; Jo 5.40; Mt 17.12; At 7.51; Tg 4.7).
2. Livre-arbítrio. As criaturas racionais de Deus, angélicas ou humanas, gozam de livre arbítrio, isto é, têm o poder de tomar decisões pessoais quanto àquilo que desejam fazer. Não seríamos seres morais, responsáveis perante Deus, o Juiz, se não fosse assim. Nem seria possível distinguir – como as Escrituras fazem – entre os maus propósitos dos agentes humanos e os bons propósitos de Deus, que soberanamente, governa a ação humana como meio planejado para seus próprios fins (Gn 50.20; At 2.23; 13.26-39). Contudo, o fato da livre ação nos confronta com um mistério. O controle de Deus sobre os nossos atos livres – atos que praticamos por nossa própria escolha – é tão completo como o é sobre qualquer outra coisa. Mas não sabemos como isso pode ser feito. Apesar desse controle, Deus não é e não pode ser autor do pecado. Deus conferiu responsabilidade aos agentes morais, no que concerne aos seus pensamentos, palavras e obras, segundo a sua justiça. O Sl 93 ensina que o governo soberano de Deus (a) garante a estabilidade do mundo contra todas as forças do caos (vs. 1-4); (b) confirma a fidedignidade de todas as declarações e ensinos de Deus (v. 5) e (c) exige a adoração do seu povo (v. 5). O salmo inteiro expressa alegria, esperança e confiança no Todo-Poderoso. (Bíblia de Estudo de Genebra, Nota Teológica, página 991). Calvino disse o seguinte acerca da situação do homem: As Escrituras atestam que o homem é escravo do pecado; o que significa que seu espírito é tão estranho à justiça de Deus que não concebe, deseja, nem empreende coisa alguma que não seja má, perversa, iníqua e impura; pois o coração, completamente cheio do veneno do pecado, não pode produzir senão os frutos do pecado. O homem, após a queda não possui mais o livre-arbítrio, não pode mais escolher algo que é contrário a sua natureza pecaminosa. Ele está morto, cego, é escravo do pecado. Esta doutrina defendida pelos calvinistas, pelos reformados, que por sua vez é negada pelos arminianos, não se trata apenas de uma posição teológica diferente, e sim de afirmação bíblica. Nega-la é o mesmo que renunciar a Palavra de Deus neste assunto.

SINOPSE DO TÓPICO (I)
O livre-arbítrio não nega a soberania divina; pelo contrário, a confirma.

II. O LIVRO DE OBADIAS

1. Contexto histórico. Obadias não tem uma história pessoal. Sem dúvida o seu nome, (nome teofórico, עבדיה, Ovadyah, "Servo ou Cultuador de YHWH"), é sugestivo.Esse era um nome muito comum entre os semitas, especialmente após o cativeiro. Obadias ou Abdias é um profeta do Antigo Testamento, parte dos "Profetas Menores" (o quarto, na ordem do cânon hebraico e da Vulgata Latina, e o quinto na Tradução dos Setenta, a Septuaginta). É o menor livro do Antigo Testamento, tem apenas 21 versículos. Obadias é um profeta de Deus que usa esta oportunidade para condenar Edom pelos pecados contra Deus e Israel. Os edomitas são descendentes de Esaú e os israelitas são descendentes de seu irmão gêmeo, Jacó. A briga entre os irmãos tem afetado seus descendentes por mais de 1.000 anos. Esta divisão causou os edomitas a proibir que Israel atravessasse as suas terras durante o êxodo dos israelitas do Egito. Os pecados de orgulho por parte de Edom exigem agora uma forte palavra de julgamento do Senhor.
2. Estrutura e mensagem. O seu livro, constituído por apenas 21 versículos, é o menor do Antigo Testamento e trata do tema da falta de solidariedade do povo deEdom  (descendentes de Esaú - Genesis 36.1) para com Israel, considerado como seu povo irmão. O livro se divide em duas partes: o "Profecia contra Edom" e a "Proclamação do Dia de YHWH". Assim, toda a mensagem de Obadias pode ser resumida em duas frases: 1. A destruição de Edom (versos 1-16). 2. A restauração de Israel (versos 17-21). Sem dúvida o profeta dirige suas palavras, não tanto como uma admoestação a Edom, mas como uma mensagem de consolo a Israel. O livro pode ser assim dividido: 1. A ruína de Edom, mesmo estando abrigada com segurança em meio às serras rochosas (Versos 1-9). 2. Os motivos, isto é, a sua crueldade com Israel e o seu regozijo pela adversidade de Judá (Versos 10-14). 3. A retribuição divina a Edom e a restauração de Israel.
3. Posição no Cânon. No Hebraico ele é o quarto, seguindo esta ordem: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, etc. No Grego ele é o quinto: Oséias, Amós, Miquéias, Joel, Obadias, Jonas, etc. Isso mostra claramente que os organizadores do Cânon (200 a.C) consideravam Obadias como primitivo.

SINOPSE DO TÓPICO (II)
Com apenas vinte e um versículos, Obadias é o livro mais curto do Antigo Testamento.

III. EDOM, O PROFANO

1. Origem. Edom (hebreu : אֱדוֹם, EdomʾĔḏôm, "vermelho") é um nome dado a Esaú na Bíblia Hebraica, bem como à nação descendente dele. O nome da nação latim, Idumæa ou Idumea, de onde vem o termo português Idumeia. Os edomitas foram um grupo tribal vizinhos de Judá ao sul, de língua semítica habitantes do Deserto de Negev e do vale de Arabá do qual é hoje o sul do Mar Morto e vizinho ao Jordão. A região tem muitos arenitos avermelhados, o que pode ter levado à origem do nome "Edom". A nação de Edom é conhecida por ter sobrevivido aos séculos VIII e IX a.C, e a Bíblia o data muitos séculos antes desses. Provas arqueológicas recentes podem indicar uma nação Edomita tão antiga quanto ao Século XI a.C. Os edomitas eram nômades ou semi-nômades semitas, que se estabeleceram no sul do território do rio Zered, na margem sudeste do Mar Morto. Seu território erguia-se sobre uma longa elevação de mais de cinco mil pés de altura, onde a altitude lhe garantia a chuva necessária para praticar a agricultura ao longo da crista do planalto. Gn 36.1, 8, 19 e 43 liga os edomitas com o caçador Esaú, afirmando: “Assim Esaú estabeleceu-se na montanha de Seir. Esaú é Edom” (Gn 36.8). Em Am 1.11, Edom é rejeitado porque perseguiu seu irmão de Israel: “Assim falou Yahweh: pelos três crimes de Edom, pelos quatro não o revogarei! Porque perseguiu à espada o seu irmão...” Talvez aqui se encontre uma referência a Gn 25.21-24, onde Esaú e Jacó lutavam dentro de Rebeca, antes mesmo de nascer. Em Ml 1.2-4 encontra-se também esta referência à luta entre Esaú e Jacó, sendo Jacó o amado de Yahweh e Esaú o rejeitado: “Não era por acaso Esaú irmão de Jacó? – oráculo de Yahweh. Contudo, eu amei Jacó e odiei a Esaú. Eu fiz de suas montanhas um deserto, e de sua herança, pastagens da estepe. Se Edom disser: ‘Fomos destruídos, mas reconstruiremos as ruínas’, assim diz Yahweh dos exércitos: ‘Eles construirão e eu demolirei!’Chamá-los-ão: ‘Território da impiedade’ E o povo contra quem Yahweh está irado para sempre” (Ml 1.2-4). Em Dt 2.12-22 e Gn 14.6 e 36,21s encontramos a afirmação de que os edomitas expulsaram aos horitas de seu território. Ora, este território, ocupado pelos edomitas, se estendia ao sul do Mar Morto pelos dois lados, desde ،ãrābā até o golfo de el-،aqaba. Historicamente, houve choques entre os israelitas e os edomitas, já que o grande caminho comercial e as minas de metal importantes se encontravam em território edomita (cf. Nm 20.17; 21.22). Nos escritos reais assírios, os edomitas aparecem com o nome de udumu, no tempo de Adadnirani III (séc. VIII a.C.), porém nos escritos babilônicos não há menção dos edomitas. No entanto, os textos de Jr 27.3; 49.7-12 e Ez 32.29 dão a entender que os edomitas foram submetidos por Nabucodonosor[a].
2. O Deus soberano. “Sabei que o SENHOR é Deus…” (Sl. 100:3). Não são essas palavras do salmista a expressão da fé de todo verdadeiro filho de Deus? O cristão crê que o seu Deus de fato é DEUS. Ele é o Deus absolutamente soberano dos céus e da terra. Ele é aquele que criou o mundo por seu poder soberano. Ele é aquele que mesmo agora sustenta o mundo e tudo o que nele há. Ele é aquele que soberanamente governa e dirige todos os assuntos do mundo, por seu conselho eterno e poder onipotente. Até o homem está absolutamente sujeito à sua vontade. Ninguém pode frustrar a vontade de Deus, nem pode alguém questionar os seus caminhos e obras. Ele é aquele que é Deus também na salvação. Ele salva seu povo soberanamente. Na eternidade escolheu aqueles a quem salvaria. No tempo ele somente aplica a obra de Cristo ao seu povo, e os leva à vida eterna na glória. Assim, o filho de Deus declara: “Quem é Deus tão grande como o nosso Deus? Tu és o Deus que fazes maravilhas…” (Sl 77.13-14). De fato, “o SENHOR é Deus” [b].
3. Preparativos do assédio a Edom (v.1c). Deus convoca as nações para se levantarem contra Edom em batalha. (V 1). Apesar de sua posição aparentemente segura, far-se-á que Edom desça. (Vs 2-4). Ladrões ou ceifeiros levariam apenas o que desejassem e deixariam algo para trás; quando Edom cair, ele será completamente saqueado; será enganado por aqueles com quem entrou num pacto, e seus sábios e poderosos sofrerão destruição. (Vs 5-9) A casa de Esaú receberá a mesma espécie de tratamento que dispensou a Judá; a casa de Esaú deixará de existir. (Vs 15, 18)
4. O rebaixamento de Edom. O hebraico bíblico tem um tempo verbal que se chama "perfeito profético", que usa o tempo passado para descrever coisas futuras quanto ao que Deus prometeu. Assim Davi diz: "Esta é a casa do Senhor Deus" (1 Cr. 22:1), ainda quando o templo havia sido prometido por Deus. Tal era sua fé naquela palavra prometida que Davi usou o tempo presente para descrever coisas futuras. A Escritura está repleta de exemplos da presciência de Deus. Deus estava tão certo de que Ele cumpriria suas promessas a Abraão, que lhe disse: "À tua descendência deiesta terra..." (Gn. 15:18) em uma época em que Abraão nem sequer tinha semente. Neste mesmo período, antes que a semente (Isaque/Cristo) nascesse Deus prometeu: "Por pai de muitas nações te tenho posto" (Gn. 17:5). Verdadeiramente, Deus "chamou aquelas coisas que não eram como se fossem".
5. O orgulho leva à ruína. O motivo da profecia foi o tratamento ‘nada fraterno’ que os edomitas dispensaram aos “filhos de Judá” quando estes sofreram derrota. Os edomitas, através de seu ancestral, Esaú, eram aparentados aos israelitas. Os edomitas regozijaram-se com a calamidade de Judá, participaram em tomar despojos dos judeus, impediram-nos de fugir da terra e até os entregaram ao inimigo. (Ob.12-14) Como fica evidente numa comparação da profecia de Obadias com as palavras de Jeremias (25:15-17, 21, 27-29; 49:7-22) e de Ezequiel (25:12-14; 35:1-15), isto deve ter acontecido por ocasião da destruição de Jerusalém pelos exércitos babilônios e, por conseguinte, situaria a composição do livro por volta do ano 607 aC.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
A arrogância humana e a soberba espiritual levaram os edomitas à ruína.

IV. A RETRIBUIÇÃO DIVINA

1. O princípio da retribuição. Retribuição significa “pagar na mesma moeda”. Tal princípio acha-se na Lei de Moisés (Êx 21.23-25; Lv 24.16-22; Dt 19.21). Esta lei encontra paralelo na A lei de talião, do latim lex talionis (lex: lei e talio, de talis: tal, idêntico), também dita pena de talião, consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena — apropriadamente chamada retaliação. Esta lei é frequentemente expressa pela máxima olho por olho, dente por dente. É uma das mais antigas leis existentes.
2. O castigo de Edom. Embora irmãos, contudo, sempre inimigos dos judeus, perpetuando assim o ódio de Esaú contra Jacó em Gênesis 27.39-41. Recusaram passagem a Moisés (Números 20.14-21), e estavam sempre prontos a ajudar os inimigos de Israel. Obadias, nos vv. 12-14, cita oito atos pecaminosos praticados pelos edomitas contra os judeus no saque de Jerusalém. Edom age com grande ódio contra Israel, derramando sangue inocente (Jl. 3:19). O profeta Amós, nos dias do rei Uzias, acusa-lhe gravemente ao dizer: "Perseguiu à espada a seu irmão, e violou todo afeto natural; o seu furor conservou para sempre, e perpetuamente guardou rancor" (1.11). Mais tarde o profeta Jeremias acusa Edom de arrogância e soberba. O fato de habitar nos lugares altos tinha feito o seu coração enaltecer como as águias (Jer. 49:16). Quando Israel cai nas mãos de Nabucodonosor, Edom se alegra. O mesmo Jeremias o adverte no seu livro de Lamentações (4:21); e não somente isso, pois aproveitou a oportunidade para tomar vingança das antigas ofensas (Ez. 25:12). A reclamação mais sentida, no entanto, faz o profeta Obadias. Mas não é somente o profeta que fala: é o próprio Deus. Edom tem fracassado uma e outra vez em seu afeto fraternal, e agora Deus lhe cobra a conta. Escárnio, orgulho, roubo, e crueldade exerceu malignamente Edom contra o seu irmão Israel. “Como tu fizestes, assim se fará contigo; a sua recompensa tornará sobre a tua cabeça" (v. 15). O castigo a Edom é a sentença de Deus sobre a falta de amor fraternal, em todo tempo, também –e sobre tudo– no nosso, mais para cá da cruz. Não só o roubo e a crueldade, mas também a ira contra o irmão (Mt 5.22) é razão suficiente para que Deus nos ponha no mesmo triste lugar de Edom.
3. Esaú e Jacó (v.18). A Palavra de Deus nos mostra a realidade de gêmeos que lutavam no ventre da mãe. Vemos de forma maravilhosa o Senhor de forma soberana, declarando a Rebeca mais uma vez os seus intentos: “Duas nações há no teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão: um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço”.

SINOPSE DO TÓPICO (IV)
A verdadeira adoração não consiste em rituais externos ou em cerimônias litúrgicas, mas no espírito quebrantado e num coração contrito.

CONCLUSÃO
As condições de nossa época exigem em altos brados um reexame e nova apresentação da onipotência, da suficiência e da soberania de Deus. É necessário que se proclame vigorosamente que Deus continua vivo, continua observando, continua reinando. A nossa fé está sendo testada, a cada dia, e o homem precisa aprender que o coração e a mente não encontram lugar de descanso satisfatório, exceto no firme conhecimento de que Deus está entronizado. A paz se acha onde Deus é Deus, onde Deus é Soberano! Com Edom, aprendemos que colhemos o que plantamos e na proporção que plantamos: “Mas digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará” (2Co 9.6). Há um tempo entre a semeadura e a ceifa: “Disse também: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra, e dormisse e se levantasse de noite e de dia, e a semente brotasse e crescesse, sem ele saber como. A terra por si mesma produz fruto, primeiro a erva, depois a espiga, e por último o grão cheio na espiga. Mas assim que o fruto amadurecer, logo lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa”(Mc 4:26-29). Sabedores dees lei espiritual, devemos perseverar em plantar boas sementes bem como, arrancar as sementes ruins antes que germinem (Ec 11.6; Ec 3.2).
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Recife, PE
Outubro de 2012,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere.


EXERCÍCIOS
1. O que é a soberania divina?
R. É o direito absoluto de Deus governar totalmente as suas criaturas segundo a sua vontade.
2. Qual o tema do livro de Obadias?
R. O julgamento divino contra Edom.
3. Quem é o pai dos edomitas?
R. Esaú.
4. O que significa o uso do “perfeito profético”?
R. Um recurso retórico que consiste em um acontecimento futuro, que é descrito como seja tivesse sido cumprido.
5. Como Charles L. Feinberg classifica os versículos 10 a 14 de Obadias?
R. “Boletim de ocorrência” dos crimes cometidos pelos edomitas contra os judeus.


NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;
 - Louis Berkhof – Teologia Sistemática – p. 68
- Bíblia de Estudo de Genebra, Nota Teológica, página 991
[a] 
http://www.metodista.br/arqueologia/artigos/jordania-petra-e-os-nabateus; [b] http://www.monergismo.com/textos/soberania_divina/soberania-Deus-salmos_houck.pdf
OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
- HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
- MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5 ed., RJ: CPAD, 2005..

Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/, na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.

Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa

Dia dos mortos? Estou fora. E você?

Infelizmente em nosso país, milhões de brasileiros, das classes sociais mais distintas, de todos os estados da federação, cultivam o danoso hábito de visitarem os cemitérios na expectativa de rezar ou interceder pelos seus entes falecidos. 

A prática de orar pelos defuntos iniciou-se por volta do 5º século (d.c), quando a igreja passou a dedicar um dia especifico do ano para rezar pelos seus mortos. No entanto, o culto de finados somente seria instituído na França, no século X, através de um abade beneditino de nome Cluny. Um século depois, os papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigaram aos fiéis a dedicarem um dia inteiro aos mortos. Já no século XIII o dia de rezar pelos finados finalmente começou a ser celebrado em 2 de novembro. Essa data foi definida por ser um dia depois da comemoração da Festa de Todos os Santos, onde se celebrava a morte de todos que faleceram em estado de graça e que por algum motivo não foram canonizados. 


Caro leitor, a Bíblia é absolutamente clara ao afirmar que após a morte só nos resta o juízo. Ensina também, que o fato de toda e qualquer decisão por Cristo só pode ser tomada em vida, o que, por conseguinte, nos leva a entender de que não existe fundamento teológico para interceder a favor dos mortos.

Para os católicos romanos a referência bíblica que fundamenta esta prática encontra-se em 2 Macabeus 12.44. Entretanto, nós protestantes, não reconhecemos a canonicidade deste livro e nem tampouco a legitimidade desta doutrina, uma vez que o Protestantismo não se submete às tradições católicas e sim as doutrinas das Sagradas Escrituras. 

Segundo a interpretação protestante, a Bíblia nos diz que a salvação de uma pessoa depende única e exclusivamente da sua fé na graça salvadora que há em Cristo Jesus e que esta fé seja declarada durante sua vida na terra (Hebreus 7.24-27; Atos 4.12; 1 João 1.7-10) e que, após sua morte, a pessoa passa diretamente pelo juízo (Hebreus 9.27) e que vivos e mortos não podem comunicar-se de maneira alguma (Lucas 16.10-31). 

Ora, do ponto de vista bíblico é inaceitável acreditar que os mortos estejam no purgatório ou no limbo aguardando uma segunda oportunidade para a salvação. Em hipótese alguma nós como cristãos devemos celebrar ou participar de culto aos mortos, antes pelo contrário, fomos e somos chamados a anunciar aos vivos a vida que somente podemos experimentar em Cristo Jesus. 

Soli Deo gloria 

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