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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Jovens e Adultos: Os Doze Profetas Menores
Lição 08: Naum – O Limite da Tolerância Divina


Professoras e professores, para esta lição, apresento as seguintes sugestões:


- Iniciem a aula, falando: A aula de hoje será sobre o livro de profeta Naum, o sétimo de uma série de 12 livros que compõem os Profetas Menores. A lição tem como título “Naum – O Limite da Tolerância Divina”.


Ops! Não está faltando alguma coisa para iniciar a aula?


Costumeiramente e repetidamente coloco aquela parte(que vocês já conhecem) que deve acontecer antes de começar o estudo da lição. Mas, pode ser que alguém não se lembre e haja algum visitante novato neste blog, então vou expor novamente o que vocês devem fazer para iniciar uma aula:


“ Iniciem a aula, cumprimentando os alunos, perguntem como passaram a semana. Escutem atentamente as falas dos alunos e observem se há alguém necessitando de uma conversa e/ou oração. Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e apresentem cada um.
Após a chamada, solicitem ao secretário da classe a relação dos alunos ausentes e procurem manter contato com eles durante a semana, através de telefone ou email.
Os alunos se sentirão queridos, cuidados, perceberão que vocês sentem falta deles. Dessa forma, vocês estarão estabelecendo vínculos afetivos com seus alunos.
Compreendem a importância desse ato?
Vocês realmente estão fazendo isto?”


- Agora, vocês iniciam o estudo da lição, falando: A aula de hoje será sobre o livro de profeta Naum, o sétimo de uma série de 12 livros que compõem os Profetas Menores. A lição tem como título “Naum – O Limite da Tolerância Divina”.


- De forma participativa, busquem estabelecer um significado para as palavras “Tolerância”, “Vindicação” e para as expressões “Atributos divinos” e “Juízo Divino”.


- Trabalhem o conteúdo proposto na lição de forma objetiva, sem suprimir partes importantes.
Leiam a lição pelo menos 02 vezes, anotem os pontos mais relevantes. Pesquisem sobre este tema em livros e sites confiáveis. Não percam o foco do tema da aula, daí a importância de levantar pontos principais. Preparem-se para ministrar a aula! Leiam o texto “Planejamento de Aula”(postado abaixo).


- Como trabalhar o tema:
1 – Contexto histórico da época do profeta Naum
2 – Partes do livro e suas características(uso frequente de metáforas)
3 – Mensagem principal do livro
Nesta parte, façam uma relação entre a situação dos ninivitas da época dos profetas Jonas e Naum.
Se possível apresentem algumas imagens das ruínas da cidade de Nínive(norte do Iraque). Esta foto é da porta de Nínive.




4 – O conteúdo da lição deve ser forma trabalhado, buscando o envolvimento do aluno com a aula e contextualizando o tema com a vida do seu aluno. Dessa, forma aprendizagem será mais significativa.


- Utilizem o texto "O Bom e o Mau".


- Para concluir, utilizem a dinâmica “Tolerância Zero”.


Tenham uma excelente e produtiva aula!


Os professores de Adolescentes, Juvenis e Discipulado podem encontrar subsídios pedagógicos para as lições no Blog Atitude de Aprendiz.


Leiam com atenção este texto sobre Planejamento de Aula!


Planejamento de Aula
Fazer planejamento da aula não deve ser entendido como mera formalidade, mas como um instrumento de trabalho que vai proporcionar uma melhor orientação e execução da aula.
Ao preparar a aula, lembre-se de pedir ajuda ao Espírito Santo: “O Consolador vos ensinará...” Jo 14. 26.



O Planejamento de Aula é composto por 5(cinco) partes:
1 – Objetivos: Representam aquilo que você deseja que seus alunos alcancem com a ministração do tema.
A Lição Bíblica já contém os objetivos formados. Leia-os, observando de forma criteriosa a intenção contida neles. Você pode elaborar outros objetivos de acordo com a necessidade de sua turma; tenha cuidado quanto à concretização de cada um deles durante a aula, para isso, utilize bem o tempo disponível.
2 – Conteúdo: É o assunto da lição.
A Lição Bíblica apresenta o conteúdo, dividido em tópicos, facilitando o entendimento gradual do tema a ser estudado. Lembre-se que você pode e deve buscar outras fontes de consulta. Leia toda a lição pelo menos duas vezes, observe o que é mais importante na lição, para expor em primeiro lugar aquilo que é mais relevante.
3 – Metodologia: Refere-se à maneira como você vai compartilhar o assunto da lição com seus alunos.
Oriento que você utilize a aula expositiva dialogada, associada a outros recursos de ensino que possibilitem a participação dos alunos e melhor aprendizagem do tema. Veja alguns exemplos: trabalho em grupo, dramatizações, projetos pedagógicos, dinâmicas, estudo de caso etc.
Faça aplicação do assunto estudado com a vida social e espiritual do aluno, quanto mais o ensino se aproxima da realidade, mais o aluno aprende.
4 – Recurso Didáticos: São instrumentos que facilitam o processo de ensino e a aprendizagem.
São vários os recursos didáticos. Veja alguns que podem ser utilizados na EBD: Cartazes, TV, DVD, filmes, documentários, CD-Som, música, Data-show, retroprojetor e outros que, mesmo não sendo tecnológicos, servem para potencializar a aprendizagem.
É interessante que o professor saiba utilizar estes recursos. Se houver dificuldade, peça ajuda. O recurso serve para auxiliar e deve ser entendido como meio motivador da aprendizagem. Caso você considere que o recurso lhe atrapalha, é porque você não está sabendo ainda como usá-lo. Mas, não desista, procure aprender e buscar auxílio.
5 – Avaliação:
Geralmente, quando se fala em avaliação é comum associá-la à prova, teste, atribuição de notas, mas avaliar vai muito mais além do que isto. A avaliação na EBD também tem sido alvo de opiniões controvertidas: na verdade, qual será a finalidade da avaliação na EBD?
Mas, vejamos o que o professor pode realizar:
. Durante a aula, o professor deve observar a expressão facial e corporal dos alunos, para identificar se estão entendendo o assunto.
. Também deve utilizar-se de perguntas sobre o assunto e expressões como: “Estão entendendo?” e “Alguma dúvida?”
. Pode ainda fazer avaliação escrita ao término do trimestre, com pontuação e premiação a seu critério.
. O professor deve também oportunizar espaço para o aluno realizar autoavaliação.
. O professor pode também fazer autoavaliação ou pedir para que outro colega ou mesmo a turma fale sobre seu desempenho durante a aula.
Elaborar um planejamento dá o norte de como seguir na execução da aula, dessa forma o professor vai ministrar a aula com mais segurança, pois não vai improvisar, utilizando bem o tempo, conhecendo o conteúdo e os objetivos que deseja atingir, utilizando métodos e recursos adequados ao tema e ao aluno, pois sabe o caminho a seguir.
Por Sulamita Macedo.

Postado por Sulamita Macêdo às 19.11.12 0 comentários





Dinâmica: Tolerância Zero


Objetivo: Exercitar a tolerância com o próximo.


Material:
- 03 palavras digitadas: SENHOR, VINGANÇA e CONTRA
- 01 texto(veja abaixo no procedimento).


Procedimento:
- Dividam a turma em dois grupos.
- Entreguem para o grupo 01 a palavra VINGANÇA, para o grupo 02 a palavra CONTRA. Todos deverão saber quais as palavras do seu grupo como também do outro grupo.
- Falem: Será lido agora um texto e quando for lida a palavra que vocês receberam, o grupo deverá ficar em pé imediatamente e depois sentar-se. Quando for lida palavra SENHOR todos deverão ficar em pé(se sua classe não for dentro do templo, os alunos podem bater palmas ao invés de ficar em pé).


Texto para leitura: Naum 1. 2, 3 e 9
“O SENHOR é um Deus zeloso e que toma VINGANÇA; o SENHOR tomaVINGANÇA e é cheio de furor; o SENHOR toma VINGANÇA CONTRA os seus adversários e guarda a ira CONTRA seus inimigos.
O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em força e ao culpado não tem por inocente; o SENHOR tem seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés.
Que pensais vós CONTRA o SENHOR? Ele mesmo vos consumirá de todo; não se levantará por duas vezes a angústia”.


- Comecem a ler o texto e parem após a leitura do primeiro versículo e falem: acho que alguém não entendeu ou não teve atenção, foi só um ensaio. Mas, vamos recomeçar.
Então, reiniciem a leitura e observem o comportamento dos alunos com relação a tolerância ao colega que não está realizando a ação de forma rápida ou até mesmo porque não está atento ou não prestou atenção as orientações dadas no início da dinâmica. Não corrijam nenhuma atitude, mas continuem lendo o texto até o final.


- Agora, trabalhem com os alunos as seguintes ideias.
Estar pronto para praticar algo é necessário conhecer a orientação e obedecer.
Estar atento para ouvir se o comando é para você e para o grupo.
Ser tolerante com o colega que não apresentou a atenção aos comandos.
Até que ponto a tolerância pode continuar?
Há alguém que está cometendo erro de forma deliberada ou não, como proceder?
Há alguém que errou no início e depois desistiu?
Há alguém que, mesmo cometendo erros no início, depois procurou ter atenção as regras e obedeceu?




- Agora, façam relação dessas ideias com a situação dos ninivitas e também a nossa realidade hoje e depois falem sobre a misericórdia de Deus para conosco e que a porta da graça hoje está aberta, mas haverá um tempo que será fechada e será tarde demais para o arrependimento.


Ideia original desconhecida da utilização de texto, palavras-chave e movimentos para dinâmica.
Elaboração desta dinâmica por Sulamita Macedo.

Postado por Sulamita Macêdo às 19.11.12 0 comentários
Marcadores: Dinâmica





Texto de Reflexão: O Bom e o Mau


Nínive estava com problemas com Deus. Um grande problema! Apesar do bom trabalho do relutante profeta Jonas, Nínive voltou aos seus maus caminhos. Os ninivitas haviam oprimido a outros povos, adorado a ídolos e feito atos de crueldade.
Deus viu esta maldade e, por meio das palavras do profeta Naum, anunciou a destruição vindoura de Nínive, usando palavras como ira evingança. Nínive estava prestes a enfrentar o julgamento.
Por que o profeta de Deus iria falar às pessoas de Judá sobre isso? Como é que as palavras assustadoras de Naum poderiam ajudar aquelas pessoas?
Vemos uma ajuda para responder a essas perguntas em Naum 1.7-8. A profecia da destruição daqueles que rejeitam a Deus está em forte contraste com a promessa de Deus àqueles “que confiam nEle”. Os piedosos, em vez de enfrentar o julgamento, seriam protegidos. Encontrariam um refúgio nEle.
Deus não é partidário. Ele provê refúgio, ajuda e conforto para aqueles que confiam nEle e também envia julgamento contra aqueles que desobedecem aos Seus padrões.
A mensagem para nós é a mesma que foi dada a Judá. Por meio da confiança e obediência, podemos desfrutar do conforto do refúgio de Deus – mesmo em tempos de dificuldades. JDB


Fonte: Nosso Pão Diário

Postado por Sulamita Macêdo às 19.11.12

Lição 8: Naum — O limite da tolerância divina



Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Os Doze Profetas Menores — Advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo.
ComentaristaEsequias Soares.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração, pesquisa e postagem no Blog: Francisco A Barbosa.

Lição 8
Naum — O limite da tolerância divina

25 de novembro de 2012

TEXTO ÁUREO

“Disse mais: Ora, não se ire o Senhor que ainda só mais esta vez falo: se, porventura, se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei, por amor dos dez” (Gn 18.32). – A misericórdia de Deus é evidente no seu desejo de poupar a maioria pecadora em favor de apenas dez justos. Menos de dez poderiam ser individualmente salvos, como acontece em Gn 19. Em casos de punição especial infligido sobre cidades e nações, indivíduos justos eram, às vezes, separados para preservação (Js 6.25). [a]

VERDADE PRÁTICA

No tempo estabelecido por Deus, cada nação, e cada indivíduo em particular, passará pelo crivo da justiça divina.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Naum 1.1-3,9-14.


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·                     Explicar o contexto histórico do livro de Naum;
·                     Apontar os limites entre tolerância e vindicação; e
·                     Conscientizar-se da existência do juízo divino.

Palavra Chave
Tolerância: 1. Condescendência ou indulgência para com aquilo que não se quer ou não se pode impedir. 2. Boa disposição dos que ouvem com paciência opiniões opostas às suas. 3. [Medicina] Faculdade ou aptidão que o organismo dos doentes apresenta para suportar certos medicamentos.[b]

COMENTÁRIO

introdução

Cerca de cento e cinquenta anos antes de Naum, na época do Profeta Jonas, Nínive, a capital da Assíria, recebeu o perdão de YHWH, mediante o arrependimento de seu povo. Os ninivitas convertidos por Jonas não repassaram os ensinos aos seus filhos (3.1-4), a Assíria perdoada, progrediu rapidamente e embriagados por suas conquistas, aquela geração tornou-se ainda mais arrogante e cruel. Em seu livro, Naum descreve a situação moral da Nínive contemporânea como uma cidade sanguinária e traidora. No futuro castigo, o profeta prediz o que a cidade ira sofrer como consequência de todo sangue derramado. Até então a Nínive invencível, foi submetida pelo imperador Nabopolasar da Babilônia no ano de 612 a. C. Assim, como profetizou Naum, Nínive, depois de sua destruição desapareceu da face da terra. O profeta surpreso pergunta: “Onde está agora o covil dos leões, e as pastagens dos leõezinhos, onde passeava o leão velho, e o filhote do leão, sem haver ninguém que os espantasse? O leão arrebatava o que bastava para os seus filhotes, e estrangulava a presa para as suas leoas, e enchia de presas as suas cavernas, e os seus covis de rapina” .(Na 2.11,12). O propósito de Naum é o de pronunciar o julgamento de Deus sobre a Assíria e confortar Judá com esta verdade. Vale a pena ao estudante da Bíblia, que deseja mais compreensão e mais profundidade na Palavra de Deus, a leitura do livro de Naum. É um livro pequeno, mas que mostra todo o desgosto divino contra a cruel Assíria.Tenham todos uma excelente e abençoada aula!

I. O LIVRO DE NAUM

1. Contexto histórico. Naum, cujo nome em hebraico significa "conforto, consolo" - e é esta a ênfase da mensagem do profeta, é o sétimo dos Profetas Menores. O nome é uma variação de Neemias, que significa “YAH consola”. É semelhante a Barnabé, “filho da consolação” no Novo Testamento (At 4.36). Viveu na mesma época em que viveram os profetas Habacuque e Sofonias. A família de Naum era originária de uma aldeia que mais tarde recebeu o nome do profeta, em sua homenagem.
a) Origem do profeta. Nascido em Elcos, vila da área de Cafarnaum, na Galiléia, por isso também chamado de Elcosita (em hebreu “elgoshi”). A desconhecida Elcós parecer ser a Cafarnaum do Novo Testamento. Ou então a cidade de Cafarnaum recebeu este nome em homenagem a ele, pois o nome da cidade significa “vila de Naum” (é oportuno salientar que Naum lembra o cuidado de Deus pelo seu povo, e que Cafarnaum foi a cidade que viu os milagres de Jesus pelo seu povo, e não creu nele - Mt 11.23).
b) Período aceitável. Naum profetizou cerca de 50 anos antes da queda do império Assírio, ocorrido em 612 a.C. Isto coloca a profecia de Naum no ano 661 a.C. logo após a queda da cidade de No Amom (Tebas, em grego), a capital do sul do Egito, sob o rei Assurbanípal, da Assíria, no ano de 663 a.C., a que Naum se refere como um acontecimento passado, e a queda de Nínive, em 612 a.C., que Naum profeticamente prevê (3.5-10) [c].
c) Nínive (v.1). Nínive (em acadiano: Ninua; neo-aramaico assírio: ܢܝܢܘܐ; em hebraico:נינוהNīnewē; em grego: Νινευη; em latim: Nineve; árabe: نينوىNaīnuwa), uma "cidade excessivamente grande", como é chamada no Livro de Jonas, jazia na margem oriental do rio Tigre, na antiga Assíria, através do rio da importante cidade moderna de Mosul, no estado de Ninawa, Iraque [d]. Nínive e Assíria, são intercambiados, usados para designar a mesma potência. A cidade era assustadora.  Além do poderio militar, que a fez assombrar o mundo por pelo menos meio milênio, Nínive era de uma incrível crueldade, além de seu grosseiro paganismo. Um de seus métodos para tratar os vencidos era o do empalamento: atravessar a pessoa com uma estaca afiada, que ia do ânus em direção ao tronco. O esfolamento, em que a pele da pessoa era tirada, com prática e com requintes de desumanidade, era um outro método de tratar os vencidos. Geralmente, conquistada uma cidade, alguns de seus habitantes eram levados como escravos para trabalhar na construção, mas outros, impossibilitados para o trabalho forçado, como doentes e idosos, eram levados como exemplo. Às portas de uma outra cidade sitiada, eram empalados ou esfolados, como sinal do que aconteceria aos moradores da cidade cercada se esta não se rendesse. Por tudo isto, Nínive era temida pelas pequenas nações que lhe pesados pagavam tributos para poder viver em paz. E assim entendemos o porquê da linguagem tão dura empregada pelo profeta, por ordem divina, à cidade. Deus pune a crueldade. E em matéria de crueldade, Nínive era imbatível[e].
2. Estrutura. O “Livro da visão de Naum” (v.1b) consiste em três breves capítulos. É interessante notarmos que os 3 capítulos são as 3 divisões temáticas e teológicas deste livro. O livro é estruturado da seguinte forma: A certeza do destino de Nínive – descrevendo o caráter de Deus; 2. A conquista e captura de Nínive – ouve-se o barulho da batalha; 3. As razões para julgamento – a justiça de Deus.
3. Mensagem. O tema geral do livro de Naum é: “Deus jamais será iludido ou ridicularizado” Este tema é acompanhado de uma mensagem central, encontrada em 1.3 – “Deus é tardio em irar-se – grande em poder – e não irá absolver os culpados”. O livro enfatiza, teologicamente falando, quatro temas: (a) A soberania de Deus; (b) A justiça de Deus; (c) A graça de Deus; e (d) A esperança de Deus para Seu povo. É interessante notarmos que este tipo de movimento da justiça e misericórdia de Deus é visto em todas as profecias que tem o objetivo de corrigir atos do povo.

SINOPSE DO TÓPICO (I)
O tema do livro de Naum é a “queda de Nínive”. Ele descreve o juízo de uma cidade que deliberadamente rebelou-se contra Deus.

II. TOLERÂNCIA E VINDICAÇÃO

1. Vingança (v.2). A mensagem de Naum é o juízo divino sobre Nínive. Aqui, sobressaem os atributos divinos pertinentes ao tema. O verbo hebraico nāqām, “vingança, vingado, disputa, discussão”. Este termo ‘e empregado para se referir a vingança humana. Mais frequentemente, no entanto, este termo hebraico se refere a retribuição divina (Lv 26.25; Dt 32.35,41,43; Ez 24.8; Mq 5.15). Por exemplo, o salmista encorajou os justos com a esperança de que um dia eles serão vingados, e Deus vai reparar as injustiças cometidas contra eles (Sl 58.10). Na verdade, Ele irá julgar os que agiram com vingança para com o seu povo (Ez 25.12,15). Em ultima análise, o juízo dos inimigos de Deus significará redenção para o seu povo (Is 34.8; 35.4; 47.3; 59.17; 63.4).[f]
2. Longanimidade. Deus é compassivo e “tardio em irar-se” (v.3a), do verbo hebraicoārekh, longo, longânimo, de asas longas, paciente, tardio [em irar-se]. Adjetivo que significa longo, prolongado ou lento. Esta palavra designa primariamente sentimentos pertencentes a uma pessoa: quer sendo de temperamento brando ou paciente; quando usada para descrever Deus, esta palavra significa tardio em irar-se, e é imediatamente contrastada com o grande amor, fidelidade e poder de Deus, demonstrando sua verdadeira natureza e paciência (Ex 34.6) [g]. Esta declaração revela o fato de que o Senhor pode retardar o momento em que começa o seu juízo. Contudo, podemos ter certeza de que, no final, Ele o realizará.
3. O poder de Deus. As descrições poéticas dos atributos divinos estão ligadas ao poder e a majestade de Deus (1.3-8). Não poderemos ter correto conceito de Deus, se não pensarmos nEle como onipotente, igualmente como onisciente. Quem não pode fazer o que quer e não pode realizar o que lhe agrada, não poder ser Deus. Como Deus tem uma vontade para decidir o que julga bom, assim tem poder para executar a Sua vontade. "O poder de Deus é aquela capacidade e força pela qual Ele pode realizar tudo que Lhe agrade, tudo que a Sua sabedoria dirija, tudo que a infinita pureza da Sua vontade resolva. "... como a santidade é a beleza de todos os atributos de Deus, assim o poder é aquilo que dá vida e movimento a todas as perfeições da natureza divina. Como seriam vãos os conselhos eternos, se o poder não interviesse para executa-los! Sem o poder, a Sua misericórdia seria apenas uma débil piedade, as Suas promessas um som vazio, as Suas ameaças mero espantalho. O poder de Deus é como Ele mesmo: infinito, eterno, incompreensível; nao pode ser refreado, nem restringido, nem frustrado pela criatura. O profeta declara que o Senhor “tem o seu caminho na tormenta e na tempestade” (v.3). Em linguagem metafórica, o poder, a grandeza e a majestade do Senhor são descritos através da força da natureza. Essas descrições mostram que a espera do Eterno em punir os ninivitas não se deu por falta de poder, mas por causa de sua longanimidade.

SINOPSE DO TÓPICO (II)
Deus é tolerante, compassivo, pois espera o arrependimento do pecado. Todavia, a sua justiça não permite tomar o culpado por inocente.

III. O CASTIGO DOS INIMIGOS

1. Quem são os “inimigos”? As origens ninivitas remontam a Gênesis 10.9-12. O fundador de Nínive foi Ninrode [seu nome significa: nós nos rebelaremos; tradições judaicas o identificam como o construtor da torre de babel. Esse caçador e guerreiro é um arquétipo do ideal mesopotâmico para um rei], que surge assim na Bíblia: “Ele era poderoso caçador diante do Senhor; pelo que se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor” (Gn 10.9). Ninrode, o poderoso caçador, fundou a cidade. O hebraico para “caçador” étsayd, que tem sido interpretado por João Calvino como “caçador de homens”. Ele foi o primeiro escravista, o primeiro homem a fazer escravos e a dominar os outros. Foi assim que se tornou poderoso, caçando as pessoas, tornando-as escravas, oprimindo-as. As origens de Nínive estão na escravidão e na brutalidade. Nínive era temida pelas pequenas nações que lhe pagavam pesados tributos para poderem viver em paz. E assim entendemos o porquê da linguagem tão dura empregada pelo profeta, por ordem divina, à cidade. Deus pune a crueldade. E em matéria de crueldade, Nínive era imbatível.
2. O estilo de Naum. O livro, em linguagem poética, foi escrito para consolar Judá com referência ao seu feroz inimigo, a Assíria, profetizando a completa destruição de Nínive e a proteção de Judá (veja Is 14.24-27)
3. Reminiscências históricas? “conselheiro de Belial” e “Um que pensa o mal” é, provavelmente, uma referencia geral ao caráter habitualmente iníquo dos governantes assírios. Podia estar se referindo tanto a Senaqueribe, cujo ataque planejado contra Jerusalém em 701 a.C. foi impedido (2Rs 18), quanto a Assurbanipal, o ultimo grande rei da Assíria (669-627 a.C.), que conquistou o Egito e forçou o rei Manassés, de Judá, a se submeter como seu fantoche (2Cr 33.11-13).
4. A consolação de Judá. Uma confortante mensagem divina assegura ao povo de Deus que a queda da Assíria implica no fim de sua humilhação. “Os destinatários eram os povos oprimidos de Israel e Judá. Que por mais de um século sofreram com as depravações brutais promovidas pelas forças armadas assírias. Como resultado disso, tiveram seus lares destruídos, as plantações queimadas, suas esposas e filhas estupradas e as crianças arremessadas contra as paredes. Essa opressão alcançou seu ponto culminante em 722 a.C, quando os assírios destruíram Samaria totalmente e levaram o povo de Israel para o cativeiro” (Guia do leitor da Bíblia, CPAD, pg.556). Assim como Deus havia, anteriormente, usado os assírios, ele usa os medos, os babilônios e os citas para fazer o sepulcro para Nínive. Ez 32.22-23 confirma essa profecia.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
O castigo divino contra os inimigos de Judá trouxe-lhe consolação e o favor divino de misericórdia.

CONCLUSÃO

A leitura do livro de Naum nos enriquece com uma lição: a história tem suas rédeas nas mãos do Todo-Poderoso. Os homens levantam impérios tiranos e cruéis, mas sua queda não tarda. Deus retomará o que é seu, aniquilando o poder do Maligno e dá mostras disto derrubando reinos, nações e culturas quando estas se ensoberbecem: “Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque são dele a sabedoria e a força. Ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; é ele quem dá a sabedoria aos sábios e o entendimento aos entendidos” (Dn 2.20-21). Deus é o Senhor da história. Há um Deus que pune o mal e que faz sua vontade prevalecer. Há um Deus que vê os adversários de seu povo e os julga no tempo soberanamente por Ele determinado. Por isto, confiemos no poder de um Deus que conduz a história e que a faz caminhar para onde ele deseja.
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Recife, PE
Novembro de 2012,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere.


EXERCÍCIOS
1. Qual cidade é apontada como local do nascimento de Naum?
R. A cidade de Cafarnaum.
2. Qual o assunto do livro de Naum?
R. A queda de Nínive.
3. O que é vingança e qual a necessidade de sua aplicação?
R. Vingança é o castigo imposto por dano ou ofensa; diz respeito a infratores contumazes da lei divina.
4. O que mostra a descrição poética dos atributos divinos ligados ao seu poder e à sua majestade?
R. Que a espera do Eterno em punir os ninivitas não se deu por falta de poder, mas por causa de sua longanimidade.
5. Quem são os “inimigos” em Naum?
R. Os assírios.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;
 - Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
OBRAS CONSULTADAS:
[a] -. Bíbia de Estudo Genebra
. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. Nota textual de Gn 18.32; p. 36;
[b] -. http://www.priberam.pt/dlpo/;
[c] -. Bíbia de Estudo Genebra
. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. Introdução ao Livro de Naum; p. 1053;
[d] -. http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%ADnive ;
[e] -. 
http://www.maravilhosagraca.com/index.php?option=com_content&view=article&id=66:o-profeta-naum&catid=50:os-profetas&Itemid=92;
[f] -. 
Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011; Dicionário do Antigo Testamento, 5359 nāqām; pp. 1807 e 1808;
[g] -. Ibdem [f], 750 ārekh; p. 1539;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
- ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009.
- KAISER JR., W. C. Pregando e Ensinando a partir do Antigo Testamento: Um guia para a igreja. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
Quero Entender a Bíblia. CPAD, pg.205;
- BAXTER, J. Examinai as Escrituras. S. Paulo: Edições Vida Nova,  vol. 3, 1995, p. 228;
- SHEDD , Russel (ed.) O Novo Dicionário da Bíblia. S. Paulo: Edições Vida Nova, 2o.  vol. 1965, p. 1112


Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/, na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.

Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa

sábado, 17 de novembro de 2012

IF Sertão-PE abre inscrições para processo seletivo 2013

Começaram nesta sexta-feira (16) e prosseguem até 30 de novembro as inscrições para o Processo Seletivo 2013 dos cursos técnicos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano - IF Sertão-PE. Para se inscrever, os candidatos devem acessar o link selecao.ifsertao-pe.edu.br/selecao/ e preencher os dados solicitados. Estão sendo ofertadas 1.265 vagas nos campi Petrolina, Petrolina Zona Rural, Ouricuri, Floresta e Salgueiro, em três modalidades: Médio Integrado, para os concluintes do 9º ano (antigo Ensino Fundamental); Subsequente, para os egressos do Ensino Médio; e Proeja, para quem concluiu o ensino fundamental ou 4ª fase da Educação de Jovens e Adultos.







Na modalidade Médio Integrado, estão sendo ofertadas 500 vagas nos cinco campi da instituição para os cursos técnicos de Agropecuária, Química, Edificações, Eletrotécnica e Informática. Para o Subsequente, são 540 vagas em Agricultura, Zootecnia, Agroindústria, Agropecuária, Edificações, Eletrotécnica e Informática distribuídas nas quatro cidades do sertão pernambucano. Já na modalidade Proeja, são disponibilizadas 225 vagas para os cursos de Edificações, Agroindústria, Eletrotécnica e Informática. Os cursos da modalidade Médio Integrado possuem duração de quatro anos. Subsequente e Proeja são dois anos.
As inscrições custam R$ 10 reais para as modalidades Médio Integrado e Subseqüente e R$ 5 reais para a modalidade Proeja. Pedidos de isenção da taxa de inscrição devem ser feitos até 23 de novembro. As provas serão aplicadas no dia 16 de dezembro, das 13h às 17h, e os gabaritos deverão ser divulgados no dia seguinte. O público alvo do Processo Seletivo do IF Sertão-PE é formado por jovens e adultos de 80 municípios da região, abrangendo cidades de Pernambuco, Bahia, Piauí e Ceará. A seleção contempla vagas para os dois semestres de 2013.
A novidade, neste ano, é a implantação do sistema de cotas com base na Lei 12.711/2012, que reserva 50% das vagas para estudantes provenientes de instituições públicas de ensino. Dessas, metade serão preenchidas exclusivamente por candidatos de famílias cuja renda seja de até 1 salário mínimo e meio por pessoa. Há ainda critérios estabelecidos com base na autodeclaração de pretos, pardos e indígenas.
Cursos Superiores
A seleção dos candidatos aos cursos superiores de Tecnologia e as Licenciaturas do IF Sertão-PE para o ano de 2013 serão feitas por meio do Sistema de Seleção Unificado (Sisu) com base nas notas obtidas pelos concorrentes no Exame Nacional de Ensino Médio - Enem 2012. A seleção do Sisu está prevista para ocorrer no primeiro semestre, em janeiro de 2013.
Ascom: IF Sertão- PE

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Lição 7 Miqueias — A importância da obediência


Lição 7: Miqueias — A importância da obediência



Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Os Doze Profetas Menores — Advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo.
ComentaristaEsequias Soares.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração, pesquisa e postagem no Blog: Francisco A Barbosa.

a

18 de novembro de 2012

TEXTO ÁUREO

“[...] Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor é do que o gordura de carneiros” (1 Sm 15.22). - O obedecer é melhor do que o sacrificar: embora Samuel obviamente não acredite na desculpa de Saul (veja V. 19), mostra que, mesmo na hipótese de haver verdade nisso, a lição é que a prática de rituais não tem valor quando não é acompanhada por um espírito sincero e submisso. Veja denuncias semelhantes de rituais sem conteúdo, feitas posteriormente por outros profetas de Israel (Is 1.10-17;Jr 6.19-20; 7.21-26; Os 6.6; Am 5.21-24; Mq 6.6-8; Sl 51.16-17; Pv 15.8; 21.3,27).

VERDADE PRÁTICA

A mensagem de Miqueias leva-nos a pensar seriamente acerca do tipo de cristianismo que estamos vivendo.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Miqueias 1.1-5; 6.6-8.


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Explicar a estrutura da mensagem de Miqueias.
  • Definir a obediência bíblica.
  • Conscientizar-se de que o ritual religioso não proporciona relacionamento íntimo com Deus e nem salvação.

Palavra Chave
Obediência: 
1. Cumprimento da vontade alheia.

2. Submissão.
3. Preito de homenagem.
4. Domínio, autoridade.
.

COMENTÁRIO

introdução

O ministério profético de Miquéias tem lugar numa época dominada por um enorme contraste, tanto em Israel quanto em Judá, entre os excessivamente ricos e os pobres oprimidos, devido à exploração da classe média de Israel (veja 2.1-5). Os ricos opressores eram apoiados por líderes corruptos políticos e religiosos de Israel. Em razão dessa má liderança, toda a nação tornou-se corrupta e digna de julgamento. Miquéias é levantado por Deus nesse cenário, para proclamar que o Santo e Justo não tolerará mais a maldade de seu povo. Os pecados morais e religiosos da ganância e da idolatria daqueles dias foram o fator desencadeador do ministério profético de Miquéias. Tenham todos uma excelente e abençoada aula!

I. O LIVRO DE MIQUEIAS

1. Contexto histórico. Ele profetizou nos dias de Jotão , Acaz e Ezequias, reis de Israel e de Judá entre 750 e 680 a.C., antes e depois da tomada de Samaria pelos assírios em 721 a.C., tendo sido contemporâneo de Oséias e de Isaías. Não há muitas informações sobre a sua vida pessoal, sabemos que ele era Morastita, ou seja, morador de Moreseti- Gate. O local fica na área em redor de Beit-Jibrim, situada a aproximadamente 32 km ao sudoeste de Jerusalém e a 27 km a oeste de Tecoa, onde vivia Amós. Seu nome (מִיכָיְהּMikhayhu), significa “quem é como Jeová?” Aparentemente ele faz um jogo de palavras sobre isto em 7.18: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti?”. Contemporâneo de Isaias e como este, serviu no reino do sul, Judá, sendo que, seu ministério iniciou depois do de Isaías e provavelmente, tenha terminado um pouco antes.Por sua origem camponesa se assemelha à Amós, com quem compartilha uma aversão às grandes cidades e uma linguagem concreta e franca, nas comparações breves e nos jogos de palavras.
2. Estrutura e mensagem. O assunto do livro divide-se em três seções: na primeira condena os pecados da Samaria e de Judá, principalmente as injustiças praticadas pelos ricos e poderosos que despojavam injustamente os pobres; a segunda começa com um vaticínio sobre a restauração de Jerusalém, sobre a qual virão as nações estrangeiras e das quais esta se libertará; a terceira corresponde a um processo contra Jerusalém devido às suas idolatrias. A mensagem de Miquéias dirigia-se a Israel e Judá, endereçada primeiramente as respectivas capitais, Samaria e Jerusalém. Suas três ideias principais eram: os pecados, a destruição e a restauração deles. Tais ideias no livro são mistura das, com transições súbitas da descrição da desolação presente à da glória futura. Samaria era a capital do reino do norte, seus governantes eram responsáveis direto pela corrupção nacional dominante. Sendo que 200 anos antes apostataram de Deus e adotaram o culto do bezerro e a baal e outros ídolos e práticas idólatras dos cananeus. Deus lhes enviara Elias, Eliseu e Amós pra fazê-los abandonar os ídolos, não aceitaram as mensagens dos profetas, já estavam amadurecidos para o golpe de morte. Miquéias chegou a ver a realização de suas palavras, os assírios levaram todo norte de Israel e em Samaria mesma tornou-se um montão. Na fronteira dos filisteus, na própria cidade natal de Miquéias foi invadida e devastada e pelos assírios, enquanto o reino do norte era derribado.

SINOPSE DO TÓPICO (I)
O livro de Miqueias tem como assunto principal a ira divina sobre os pecados de Samaria e Judá.

II. A OBEDIÊNCIA A DEUS

1. O conceito bíblico de obediência. O verbo hebraico šāma’ (raiz primitiva): “ouvir com inteligência – com implicação de atenção, obediência. Basicamente significa ouvir. O uso mais conhecido deste termo é para introduzir o Shemá, “Ouve, Israel”, seguido pelo conteúdo daquilo que os israelitas devem entender acerca do Senhor, seu Deus, e sobre como devem responder a Ele (Dt 6.4). Miqueias apresenta sua profecia a Judá e Israel, mostrando que Deus é o responsável por julgar a falta de temor do povo para com seu Deus. Ele denuncia os falsos profetas, os líderes desonestos e os sacerdotes ímpios que enganavam o povo e o conduziam ao pecado, ao invés de direcioná-los a uma vida mais próxima de Deus. Por mais que se pratique de forma correta os rituais que a Lei ordena, esses rituais não podem ser suficientes se o coração do povo mantinha seus pecados. Deus estava irado com Samaria e Jerusalém, pois o povo não o adorava de coração. Isso não significa que Deus abomina rituais. Ele mesmo prescreveu em Levítico a liturgia e as festas religiosas. O que deixou Deus irado foi o povo imaginar que seguindo corretamente os rituais, estariam isentos de uma vida de fé e das obrigações sociais da Lei quanto ao auxílio dos pobres. “Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão? O fruto do meu ventre, pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq 6.7,8). O profeta deixa claro o desejo de Deus para os israelitas, numa referência que serve também para a Igreja do Senhor: a prática da justiça, o amor à bondade e o andar de forma não soberba diante de nossos pares e do próprio Deus.
2. A desobediência das nações. O julgamento do Senhor contra Israel e Judá exemplifica e configura o julgamento divino contra todos os povos que comentem idolatria e crimes sociais.
3. A ira de Deus sobre o pecado (1.3-5). Como Miquéias estava muito interessado na injustiça social, não é de surpreender que a sua profecia fosse dirigida a Samaria e Jerusalém (Mq 1.1,5). Estas cidades eram habitadas pelas classes mais ricas e privilegiadas da sociedade, e havia muitas desumanidades sendo cometidas contra os grupos menos afortunados. Miqueias apresenta sua profecia a Judá e Israel, mostrando que Deus é o responsável por julgar a falta de temor do povo para com seu Deus. Ele denuncia os falsos profetas, os líderes desonestos e os sacerdotes ímpios que enganavam o povo e o conduziam ao pecado, ao invés de direcioná-los a uma vida mais próxima de Deus.

SINOPSE DO TÓPICO (II)
A obediência deve ser precedida de compreensão e amoroso acatamento da mensagem divina.

III. O RITUAL RELIGIOSO

1. O rito levítico. O termo hebraico para rito é mê’mar (rito, determinação, mandato), derivado do aramaico e corresponde ao termo mâ’amar (alguma coisa oficialmente dita; um decreto; mandamento). Esta palavra se origina do verbo aramaico comum amar, que significa dizer. Rito é o conjunto de cerimônias e práticas litúrgicas através das quais externamos a fé. A maioria dos grupos protestantes concordam entre si que Cristo deixou à Igreja duas observâncias - ou ritos – ou sacramentos - a serem incorporadas no culto cristão: o batismo nas águas e a Ceia do Senhor. (O protestantismo, seguindo os reformadores, tem rejeitado a natureza sacramental de todos os ritos menos os dois originais). Desde os tempos de Agostinho, muitos têm seguido a opinião de que tanto o batismo quanto a Ceia do Senhor servem como "sinal exterior e visível de uma raça interior e espiritual". O problema não está na prática dos ritos, mas na interpretação do seu significado (por exemplo, o que subentende uma "graça interior e espiritual"?). Estes ritos históricos da fé cristã são normalmente chamados sacramentos ou ordenanças. Alguns empregam os termos de modo intercambiável, ao passo que outros defendem que o entendimento correto das diferenças entre os conceitos é importante para a correta aplicação teológica. O Catolicismo Romano, a Ortodoxia Oriental e algumas das denominações protestantes usam o termo "sacramento" para se referir a "um sinal/ritual que resulta na graça de Deus sendo transmitida para o indivíduo". Geralmente existem sete sacramentos nessas denominações. Eles são o batismo, a confirmação, a sagrada comunhão, a confissão, o casamento, as ordens sagradas e a unção dos enfermos. Segundo a Igreja Católica, "há sete sacramentos. Eles foram instituídos por Cristo, devem ser administrados pela igreja e são necessários para a salvação. Os sacramentos são os veículos da graça que eles transmitem." A Bíblia, ao contrário, diz-nos que a graça não é dada através de símbolos externos e nenhum ritual é "necessário para a salvação". A graça é gratuita (Tt 3.4-7). Esses cerimonialismos, contudo, não substituem o relacionamento sincero com Deus, nem proporcionam salvação (1 Sm 15.22; Sl 40.6-8; 51.16,17; 1 Co 1.14-17; 11.28,29).
2. O diálogo de Deus com o povo (6.6). O texto do capítulo 6 apresenta um exemplo clássico da ação judicial profética, onde o Senhor pleiteia os termos da aliança contra o seu povo desobediente. A mensagem inicia com uma cena de julgamento na qual o Senhor é aquele que apresenta a queixa, Miquéias é o seu enviado, os montes são as testemunhas, e Israel é o acusado (6.1,2) Como o representante de Deus, Miquéias deve acionar a causa de Deus contra o povo. Os versículos 6 a 8 apresentam uma réplica de Israel ao processo de Deus, no qual se reivindica ignorância, apresentando questões ao Senhor acerca do que é aceitável para ele. A resposta implícita é que nada é aceitável, a menos que essa pessoa esteja num relacionamento adequado com Deus e seu próximo. A perícope também mostra a inadequação do sistema sacrificial inteiro, sem o acompanhamento de uma fé obediente (Hb 9.11; 10.1-14).
3. Sacrifício humano (6.7). Mediante a progressão retórica dos sacrifícios – bezerros... milhares de carneiros... o meu primogênito - Miquéias expôs o absurdo da dependência de Israel dos ritos e sacrifícios vazios para merecer o favor divino. Tal confiança demonstrava uma profunda falta de compreensão da graça divina, pois a salvação de Israel era gratuita e não por méritos (6.4,5). Além disso, as obrigações da aliança por parte de Israel subentendiam justiça social, e não somente liturgia (6.8).

SINOPSE DO TÓPICO (III)
O ritual religioso não substitui o relacionamento intenso com Deus e, muito menos, proporciona salvação.

IV. O GRANDE MANDAMENTO

1. A vontade de Deus. Deus estava realmente procurando uma resposta ética de seu povo da aliança. Os mestres da Lei encontraram 613 preceitos, no Salmo 15 estes estão reduzido a 11, em Isaías 33.15 a 6 mandamentos; Miquéias condensa-os a três: ser honesto em tudo o que fizer; cultivar fidelidade compassiva, e comprometer-se a viver em submissão a Deus. A Bíblia valoriza a obediência de todo o coração acima da conformidade religiosa externa. O ritual de sacrifícios, ou qualquer outra religiosidade externa, sem uma mudança de atitude interior do espírito, fica aquém do arrependimento verdadeiro.
2. O sumário de toda a lei (6.8b). Benevolência, chesed; Strong 02617: Generosidade, misericórdia, bondade, amor infalível; ternura, fidelidade. Chesed ocorre 250 vezes na Bíblia. Ela pode ser melhor traduzida como “bondade”, embora, fidelidade seja, às vezes, a ideia principal. Na maioria das vezes, nas Escrituras, chesed é usada para a misericórdia de Deus. Em Mateus 9.13 Jesus chama misericórdia de assunto mais importante da lei (Mt 23.23). A bondade é uma característica que Deus espera que o homem possua. O homem é tendencioso a ser escrupulosamente atento às coisas externas e esquecer dos princípios fundamentais de moralidade. O Novo Testamento considera a obediência cristã como a prática de boas obras. Os crentes são ricos de boas obras. Não obstante isso, o legalismo distorce a obediência, a motivação e o propósito e jamais produzirá boas obras (Mt 22.37-40).

SINOPSE DO TÓPICO (IV)
O grande mandamento é este: amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

CONCLUSÃO
Nesta lição vimos que por mais que se pratique de forma correta os rituais que a Lei ordena, esses rituais não podem ser suficientes se o coração do povo não estiver livre de seus pecados. Deus estava irado com Samaria e Jerusalém, pois o povo não o adorava de coração. O povo de Israel e Judá na sua ignorância acerca da vontade do Senhor preferia multiplicar os holocaustos e dar toda a atenção ao cerimonial. Eles não percebiam que o que Deus queria era uma vida de justiça, misericórdia e fé. Muitos crentes também estão presos no ritualismo vazio sem jamais buscarem pela justiça e demais qualidades dadas por Deus. Miquéias deixa claro o desejo de Deus para os israelitas, numa referência que serve também para a Igreja do Senhor: a prática da justiça, o amor à bondade e o andar de forma não soberba diante de nossos pares e do próprio Deus.
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Recife, PE
Outubro de 2012,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere.


EXERCÍCIOS
1. Qual o assunto do livro de Miqueias?
R. O assunto do livro é a ira divina em relação aos pecados de Samaria e de Jerusalém.
2. Qual a definição de obediência?
R. É acatar ordens de autoridade religiosa, civil ou familiar.
3. Qual o significado da palavra “rito” e quais são os dois rituais do cristianismo?
R. Cerimônia religiosa, uso, costume, hábito, forma, processo, modo. E os dois rituais do cristianismo são o batismo e a ceia do Senhor.
4. Desde quando o estilo de vida que agrada a Deus foi comunicado ao povo?
R. Desde Moisés.
5. Qual é a maior declaração do Antigo Testamento?
R. Os três preceitos — praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com Deus.



NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;
 - Louis Berkhof – Teologia Sistemática – p. 68
- http://www.monergismo.com/textos/atributos_deus/moral_berkhof.htm
- Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
- ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009.
- SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
- SCHULTZ, Samuel J. A história de Israel no Antigo Testamento Ed. Vida Nova SP 1. Edição
- CHAMPLIM, Russel Normam. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia . Ed. Candeia 3. Edição 1995 São Paulo
[a] - http://www.priberam.pt/dlpo/


Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/, na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.

Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa

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