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terça-feira, 12 de abril de 2011

Mortes por dengue caem 64% no primeiro trimestre do ano

Balanço parcial do Ministério da Saúde também indica redução de 69% nos casos graves e de 43% nas notificações de dengue clássica, em relação ao mesmo período de 2010. Medidas de controle devem ser mantidas


O número de mortes, casos graves e notificações de dengue no Brasil caiu nos três primeiros meses de 2011, em comparação com o mesmo período de 2010. Balanço preliminar divulgado nesta quarta-feira (6) pelo Ministério da Saúde mostra que, entre 1º de janeiro e 31 de março deste ano, foram confirmados 95 óbitos pela doença, em todo o país. No mesmo período do ano passado, foram 261 mortes – indicando queda de 64%.

A maior parte dos óbitos confirmados ocorreu no Nordeste – 32 casos, dos quais 20 no Ceará. Em seguida vêm as regiões Sudeste (27 casos confirmados, sendo 19 no Rio de Janeiro) e Norte (20 mortes por dengue, 12 delas no Amazonas). O Paraná concentra os dez óbitos confirmados na região Sul e Goiás, as seis mortes por dengue no Centro-Oeste (tabela 1). Um total de 123 óbitos suspeitos por dengue permanece em investigação.

CASOS GRAVES – As formas graves de dengue tiveram redução de 69% no primeiro trimestre de 2011. Foram 2.208, contra 7.064 no mesmo período de 2010. A região Sudeste concentra 1.260 casos graves confirmados – dos quais 1.064 foram registrados no Rio de Janeiro.

No Norte, foram confirmados 498 casos graves, sendo 407 no Amazonas. O Nordeste confirmou 315 casos graves, dos quais 123 no Ceará. No Centro Oeste, foram 88 confirmados (35 em Goiás) e, no Sul, 47 – a maioria no Paraná (46).

Tabela 1. Comparativo de casos graves e óbitos confirmados por dengue, Brasil, Janeiro –Março, 2011

DENGUE CLÁSSICA – O total de notificações de dengue clássica no primeiro trimestre de 2011 também foi menor do que o registrado no mesmo período de 2010. Os registros gerais da doença caíram 43% – de 448.701 para 254.734 (tabela 2).

Aproximadamente 68% de todos os casos do país (184.646) concentram-se em sete estados: Amazonas (36.841), Rio de Janeiro (31.412), Paraná (27.217), Acre (21.199), São Paulo (19.538), Minas Gerais (18.070) e Ceará (16.659).
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, observa que a redução geral no total de notificações, casos graves e óbitos por dengue não deve representar o fim da mobilização de gestores, profissionais de saúde e da população contra a doença.

“Isso [a redução no primeiro trimestre] não é motivo para baixar a guarda. O mosquito da dengue consegue sobreviver em ambiente seco por mais de 300 dias, quase um ano. Por isso, cada um tem um pouquinho de responsabilidade. A participação da população é decisiva. Na região Sudeste, por exemplo, 90% dos focos do mosquito estão dentro da casa das pessoas”, alerta o ministro Padilha.

Manaus (29.318 casos), Rio Branco (19.595) e Rio de Janeiro (11.934) foram os municípios que concentraram as notificações de dengue no primeiro trimestre de 2011. No Nordeste, destaque para Fortaleza (6.085); e, no Sul, para Londrina, no Paraná (7.554).

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Jarbas Barbosa, destaca que, no momento, todas as regiões apresentam tendência de queda nas notificações. “A transmissão da dengue, em geral, se concentra no período de janeiro a maio, com maior concentração de casos no mês de março. Mas, em alguns estados, principalmente no Nordeste, ainda podem ocorrer surtos nos próximos meses”, adverte.

Tabela 2. Comparativo de casos notificados de jan a mar/2011, por Região e UF
UF Janeiro a Março

UF Janeiro a Março


2010 2011 % Variação

Norte 45.445 76.671 69

RO 16.605 2.418 -85

AC 17.802 21.199 19

AM 1.247 36.841 2854

RR 1.109 462 -58

PA 3.348 9.806 193

AP 733 1.662 127

TO 4.601 4.283 -7

Nordeste 31.440 47.404 51

MA 558 3.119 459

PI 1.510 2.791 85

CE 3.883 16.659 329

RN 422 4.527 973

PB 729 3.403 367

PE 4.056 5.320 31

AL 7.452 1.976 -73

SE 53 1.035 1853

BA 12.777 8.574 -33

Sudeste 209.820 81.179 -61

MG 91.674 18.070 -80

ES 4.803 12.159 153

RJ 6.231 31.412 404

SP 107.112 19.538 -82

Sul 17.207 28.445 65

PR 14.346 27.771 94

SC* 114 215 89

RS 2.747 459 -83

Centro Oeste 144.789 21.035 -85

MS 44.785 6.271 -86

MT 28.193 3.819 -86

GO 65.067 9.863 -85

DF 6.744 1.082 -84

Total 448.701 254.734 -43


2010 2011 % Variação

Norte 45.445 76.671 69

RO 16.605 2.418 -85

AC 17.802 21.199 19

AM 1.247 36.841 2854

RR 1.109 462 -58

PA 3.348 9.806 193

AP 733 1.662 127

TO 4.601 4.283 -7

Nordeste 31.440 47.404 51

MA 558 3.119 459

PI 1.510 2.791 85

CE 3.883 16.659 329

RN 422 4.527 973

PB 729 3.403 367

PE 4.056 5.320 31

AL 7.452 1.976 -73

SE 53 1.035 1853

BA 12.777 8.574 -33

Sudeste 209.820 81.179 -61

MG 91.674 18.070 -80

ES 4.803 12.159 153

RJ 6.231 31.412 404

SP 107.112 19.538 -82

Sul 17.207 28.445 65

PR 14.346 27.771 94

SC* 114 215 89

RS 2.747 459 -83

Centro Oeste 144.789 21.035 -85

MS 44.785 6.271 -86

MT 28.193 3.819 -86

GO 65.067 9.863 -85

DF 6.744 1.082 -84

Total 448.701 254.734 -43


UF Janeiro a Março

2010 2011 % Variação

Norte 45.445 76.671 69

RO 16.605 2.418 -85

AC 17.802 21.199 19

AM 1.247 36.841 2854

RR 1.109 462 -58

PA 3.348 9.806 193

AP 733 1.662 127

TO 4.601 4.283 -7

Nordeste 31.440 47.404 51

MA 558 3.119 459

PI 1.510 2.791 85

CE 3.883 16.659 329

RN 422 4.527 973

PB 729 3.403 367

PE 4.056 5.320 31

AL 7.452 1.976 -73

SE 53 1.035 1853

BA 12.777 8.574 -33

Sudeste 209.820 81.179 -61

MG 91.674 18.070 -80

ES 4.803 12.159 153

RJ 6.231 31.412 404

SP 107.112 19.538 -82

Sul 17.207 28.445 65

PR 14.346 27.771 94

SC* 114 215 89

RS 2.747 459 -83

Centro Oeste 144.789 21.035 -85

MS 44.785 6.271 -86

MT 28.193 3.819 -86

GO 65.067 9.863 -85

DF 6.744 1.082 -84

Total 448.701 254.734 -43

Fonte: 2010: Sinan Net; casos prováveis, 2011: SES/UF

* Casos importados
SOROTIPOS – Entre janeiro e março deste ano, 3.187 amostras de sangue de pacientes com suspeita de dengue foram submetidas ao exame de isolamento viral – para identificar qual dos quatro tipos de vírus da dengue causou a doença. Ao todo, 610 (19,1%) deram positivo para a dengue, após análises realizadas pela rede nacional de laboratórios de saúde pública, coordenada pelo Ministério da Saúde.
Do total de amostras positivas, 73,1% (446) apresentavam o sorotipo DENV-1, predominante no país. O sorotipo DENV-2 estava presente em 12,9% (79) das amostras positivas e o DENV-3, em 1,5% (9).
O sorotipo DENV-4 foi encontrado em 12,4 % (76) das amostras positivas. Este sorotipo, que não circulava no país desde 1982, foi detectado no ano passado, nos estados de Roraima e Amazonas. Em 2011, o DENV-4 foi identificado em Roraima (34), Amazonas (24), Pará (11), Bahia (2), Pernambuco (2), Rio de Janeiro (2) e Piauí (1). No dia 4 de abril, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou uma infecção de dengue tipo 4.
Os quatro sorotipos virais da dengue estão presentes no país. Eles são transmitidos da mesma maneira (pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti), produzem a mesma doença, têm sintomas idênticos e requerem os mesmos cuidados e tratamento. “Não é necessário identificar o sorotipo que está provocando a doença, pois essa informação não muda os procedimentos médicos a serem adotados”, informa Jarbas Barbosa.
Para a população, a recomendação é eliminar os criadouros presentes no ambiente doméstico, como pratos de vasos de planta, calhas obstruídas e recipientes como embalagens plásticas e garrafas. Além disso, devem ser adotadas medidas de proteção contra a infestação pelo mosquito Aedes aegypti em locais como caixas d’água, toneis e outros recipientes de armazenagem de água.
Ao apresentar os primeiros sintomas da doença, como febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos, deve procurar o serviço de saúde mais próximo. E, fundamental, não se deve tomar remédio por conta própria, pois isso pode mascarar sintomas e dificultar o diagnóstico.
As pessoas também devem estar atentas para os sinais de alarme que podem indicar o agravamento da doença, como vômitos persistentes, desmaios e dores abdominais intensas.

Por Ana Paixão – Ascom/MS

(61) 3315-3988/3580/2351


disque saúde 0800 61 1997

Ministério da Saúde

Esplanada dos Ministérios - Bloco G - Brasilia / DF

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