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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Lição 3: A Longa Seca Sobre Israel


Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja.
Comentarista: José Gonçalves.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, C. Grande-PB;
Postagem no Blog: Francisco A Barbosa.
Lição 3
A Longa Seca Sobre Israel
20 de janeiro de 2013
TEXTO ÁUREO
E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14). Deus prometeu que a nação de Israel receberia alívio das dificuldades causadas por seus pecados, contanto que os israelitas se voltassem para ele em humildade e oração. Esta promessa foi especialmente relevante para a comunidade restaurada, terminado o exílio babilônico. Deus exigia do seu povo uma atitude de contrição e de dependência dEle. [a].
VERDADE PRÁTICA
A longa seca sobre Israel teve como objetivo disciplinar e demonstrar a soberania divina sobre os homens.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Reis 18.1-8.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Explicar o porquê da longa estiagem;
  • Relatar as consequências e lições deixadas pela seca; e
  • Conscientizar-se de que Deus é soberano.
Palavra Chave
Seca: Fenômeno climático causado pela insuficiência de precipitação pluviométrica, ou chuva numa determinada região por um período de tempo muito grande. Existe uma pequena diferença entre seca e estiagem pois estiagem é o fenômeno que ocorre num intervalo de tempo ou seja a estiagem não é permanente, já a seca é permanente.
COMENTÁRIO
introdução
Em Israel, Acabe promove uma grosseira e desenfreada idolatria: adoravam-se os bezerros de ouro erigidos em Dã e Betel, em Samaria havia um templo dedicado a Baal, e por todo o reino levantaram “postes-ídolos” de Baal. Os sacerdotes de Baal passaram a dominar a vida religiosa de Israel e um dito popular tornou-se audível: “Baal vive e YAHWEH já não existe mais”. Esta era a situação de Israel naquele tempo: não apenas isso, mas isso fornece a chave para tudo o que se segue. Nesse contexto de reis ímpios e idólatras surge Elias, chamado para servir como porta-voz de Deus na ocasião em que o reino do norte havia alcançado sua mais forte posição econômica e política. Sua primeira missão foi enfrentar o rei Acabe com o aviso de uma seca iminente, lembrando que o Senhor Deus de Israel, a quem ele havia ignorado, tinha o controle da chuva na terra onde viviam (Dt 11.10-12). Tiago cita esse episódio ao falar sobre o poder da oração e diz que embora Elias tivesse um ministério especial no Antigo Testamento, ele participou da humildade em comum com todos. A sua vida de oração eficaz é um modelo para todos os crentes. Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!
I. O PORQUÊ DA SECA
1. Disciplinar a nação. O paganismo de Jezabel unia prostituição e homossexualismo com religião e religiosidade. Esta é uma das principais razões pelas quais Jezabel é conhecida como prostituta. E na verdade o era, entretanto, uma hieródula, ou prostituta sagrada do casal herogâmico Baal e Astarte; seu culto envolvia prostituição sagrada, falolatria, sacrifícios de crianças, ervas alucinógenas, feitiçaria entre outros desvios grosseiros (2Rs 9.22). A adoração desses ídolos envolvia os elementos mais bestiais da natureza humana. As estátuas de Baal se assemelhavam a um órgão sexual masculino, enquanto os altares de Astarote tinham a forma do órgão sexual feminino. E, segundo a tradição fenícia e canaanita, o rei e a rainha eram elementos indispensáveis nessas festividades, pois a presença deles assegurava o favor das divindades cultuadas. O redator das crônicas dos reis afirma que Jezabel incitava o rei Acabe para fazer o que era “mau aos olhos do Senhor” (1 Rs 21.25), de maneira que a Bíblia diz o seguinte de Acabe: “E fez Acabe, filho de Onri, o que era mau aos olhos do SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele…” (1Rs 16.30,31). Embora Acabe tenha sido um rei politicamente forte e muito poderoso, moralmente foi muito fraco e andou nos caminhos idólatras de seu pai, que foi um seguidor de Jeroboão, filho de Nebate (1 Rs 16.26) e também aderiu aos maus costumes dos cananeus, trazidos por sua esposa, Jezabel (1 Rs 16.31). É nesse contexto apóstata que Elias é levantado para dizer a Israel que YAHWEH traria a nação ao arrependimento. A oração de Elias no monte Carmelo revela que o ato humano do arrependimento não é possível sem a graça de Deus (1Rs 18.37).
2. Revelar a divindade verdadeira. A nação que Deus chamara para ser sua tinha se voltado contra Ele. Trocaram a adoração a Deus pelos ídolos de um povo que no passado tinham vencido em seu nome. Baal era o deus cananeu da tempestade e era considerado providencial por enviar chuvas e fertilidade à terra, semeando assim a vida. Os seguidores de Baal acreditavam que ele controlava o trovão, o relâmpago e a tempestade, o desafio de Elias atingiu o âmago desse poder alegado. Essa seca profetizada por Elias questionou a capacidade de Baal controlar as condições climáticas. A. W. Pink em seu livro DEUS É SOBERANO faz a seguinte pergunta: “Quem está no controle de tudo quanto se passa no mundo? Deus ou Satanás?”, e em seguida prossegue: “Muita gente pensa que Deus é somente rei no céu, porém não pensa que Ele é o criador do mundo e também não acreditam que controle todas as coisas que acontecem nele”. A bíblia afirma que Deus está em completo controle de tudo: "Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos." (1Cr 29.11). Ao afirmar que Deus é soberano, diz-se que Ele tem poder absoluto sobre tudo, que é o Supremo, o Grande Rei, que faz a sua vontade no céu e na terra, e não existe mas ninguém que possa deter a sua mão e Lhe dizer: "O que fazes?" A ausência de chuva e de orvalho será menos uma punição pela impiedade de Israel do que um sinal de YAHWEH de que é ele, e não Baal quem concede a chuva necessária à vegetação e à vida. O capítulo 18 ressaltará a onipotência e o domínio do SENHOR sobre os elementos. As profecias de Oséias afirmam a mesma verdade.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Havia motivos majoritários para o porquê da seca: disciplinar a nação e revelar o Deus verdadeiro.
II. OS EFEITOS DA SECA
1. Escassez e fome. A seca ameaçava o governo de Acabe, porquanto o exército dependia desses animais, por exemplo, nas forças de carros de combate. A reação de Acabe à seca foi prática, pois tentou descobrir água ao invés de procurar chegar até ao âmago da questão: quem é soberano sobre a natureza e a vida (1Rs 18.5). As descobertas arqueológicas tornaram célebres as estrebarias reais de Acabe em Hasor e Megido; como essas representavam a arma mais eficaz do reino, não parece por demais surpreendente que o rei em pessoa e o intendente do palácio cuidem pessoalmente de sua subsistência em época de crise.
2. Endurecimento ou arrependimento. Acabe via Elias como um perturbador da ordem, uma ameaça ao funcionamento normal da sociedade. Sua compreensão dos fatos era superficial. O termo hebraico traduzido como “perturbador” é “’akhar”, de difícil equivalência. Denota uma situação religiosa anormal, insustentável e originada por uma ação maléfica. Acabe responsabiliza Elias de ter mergulhado Israel em tal situação por haver ordenado a seca (17.1). Elias, por sua vez, acusa Acabe de ter provocado, por sua idolatria, a desgraça de Israel. A questão não se trata apenas de decidir entre Baal e YAHWEH, quem é o mais poderoso, mas em sentido absoluto, qual deles é Deus. É a fé monoteísta que estava em jogo. O sacrifício do Carmelo provará que YAHWEH é o único Deus, que converte a ele os corações. O Juízo divino, proferido através de Elias, mudou a atitude de Acabe. Os atos de rasgar as vestes e de usar pano de saco eram sinais de profunda lamentação e arrependimento (Gn 37.34; 2Sm 3.31; 2Rs 6.30; Lm 2.10; Jl 1.13). Essa atitude de Acabe retardou o desterro do Reino do Norte. Deus reviu a punição que tinha decretado em 1Rs 21.21-24. A penalidade não foi rescindida, mas foi adiada por uma geração, devido à misericórdia de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Numa esfera material a seca provocou escassez e fome. Mas, do ponto de vista espiritual, arrependimento para o povo e endurecimento para os nobres.
III. A PROVISÃO DIVINA NA SECA
1. Provisão pessoal. Embora Elias estivesse no deserto o Senhor podia prover para ele da mesma forma como fizera em favor da nação de Israel, séculos antes, durante o Êxodo do Egito (Êx 16.4-36). Ironicamente Israel estava na terra prometida, mas se esqueceu de quem a sustentava. Elias isolou-se e caminhou em direção a leste do Rio Jordão. Nesse lugar, ele foi sustentado pelas águas do ribeiro de Querite e pelo pão e carne milagrosamente fornecidos pelos corvos. É possível que esse "ribeiro" (nahal) seja o profundo vale do Rio Jarmuque, ao norte de Gileade. Quando o suprimento de água terminou por causa da seca, Elias foi divinamente instruído a ir até Sarepta, na Fenícia, onde seria sustentado por uma viúva cuja reserva de farinha e óleo havia sido milagrosamente aumentada até que a estação das chuvas fosse restaurada à terra.
2. Provisão coletiva. Depois de uma das muitas confrontações com o rei Acabe e com a rainha Jezabel, Deus instruiu Elias a ir até a terra próxima à cidade natal de Jezabel, à casa de uma viúva a quem o Senhor havia ordenado que tomasse conta do profeta. Prestes a perecer pela fome, essa mulher viu a mão do Deus de Israel agir em seu favor. Obadias (Obadiáhu), intendente do palácio, temente à YAHWEH, foi instrumento nas mãos do Senhor para prover proteção e sustento naqueles dias difíceis para os que não haviam apostatado da fé em YAH. Obadias era um exemplo dos sete mil homens fiéis a YAHWEH, de que Elias não tinha conhecimento (1Rs 19.18). Mesmo onde há rejeição, Deus reserva para si um remanescente fiel e cuida dele. (Rm 11.1-10).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Deus mandou provisão para os profetas em duas perspectivas: pessoal, ao profeta Elias e coletiva, aos cem outros profetas.
IV. AS LIÇÕES DEIXADAS PELA SECA
1. A majestade divina. "Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas." (Ap 4.11). Deus, quem fez todas as coisas, é absolutamente soberano. Ele faz o que Lhe apraz e efetua a Sua própria vontade. Ele fez todas as coisas para Si mesmo, e possui também o direito de fazê-lo assim, porque Ele é o Deus Todo Poderoso. Porém Deus não só fez todas as coisas pelo seu próprio poder soberano, senão que também governa tudo. Deus está controlando ainda aquelas coisas que não têm vida como o clima, o vento e o mar. Quando Deus disse "Seja feita a luz", a luz foi feita. Quando Deus disse que enviaria um dilúvio sobre o mundo antigo devido à depravação dos seus habitantes, então o dilúvio veio. Quando Deus trouxe as pragas sobre o Egito, a luz tornou-se obscuridade, as águas converteram-se em sangue e grandes pedras de saraiva caíram. Deus estava controlando todos esses eventos. Existem muitos exemplos na Bíblia de como Deus tem controlado todas aquelas coisas que não têm vida. O forno do rei Nabucodonosor foi esquentado sete vezes a mais do costume, e três dos filhos de Deus foram arrojados dentro dele, e o fogo nem sequer queimou as suas vestes, embora sim tivesse matado os homens que os lançaram no forno. Quando os discípulos iam com o Senhor Jesus Cristo numa pequena barca e a tormenta atemorizou-os, Jesus disse à tempestade: "Seja a paz", e então o vento cessou e o mar acalmou-se. Deus controla o clima, porque Ele envia o gelo, a neve e o vento. Ele envia e detém a chuva. Todas estas coisas inanimadas obedecem a voz de Deus e assim executam a Sua soberana vontade. Quando nos queixamos do clima, em verdade estamos queixando-nos da vontade de Deus! Em 1 Reis 17.2-4 lemos que Deus disse ao seu profeta Elias que fosse viver perto de um ribeiro, onde uns corvos o alimentariam. Há muitas outras histórias como estas na Bíblia, que demonstram que Deus controla todas as coisas. [b]
2. O pecado tem o seu custo. Ora, havia uma passagem específica nos livros das Escrituras daquela época que parece ter chamado a atenção de Elias: “Guardai-vos não suceda que o vosso coração se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos prostreis perante eles; que a ira do SENHOR se acenda contra vós outros, e feche ele os céus, e não haja chuva, e a terra não dê a sua messe” (Dt 11.16,17). Era exatamente esse o crime do qual Israel era agora culpado: eles tinham se desviado para adorar deuses falsos. A Bíblia ensina claramente que as ações de cada pessoa, sejam boas ou más, são controladas pelo Deus soberano. Os homens podem pensar que eles são mais fortes que Deus, rebelando-se talvez contra Ele, porém Deus ri de sua debilidade e do néscio que resultam. Ele é tão poderoso que pode destruí-los no momento em que assim o deseje. A questão do pecado se reveste de importância capital pela simples razão de que seu conceito está diluído em nossa cultura. Para modernas correntes da Psicologia, o homem não pode ser responsabilizado por seus atos por ser produto do ambiente. Então, não existe uma coisa chamada “pecado”. Diz até uma música popular brasileira: “Não existe pecado do lado de baixo do Equador”. Pecado é uma atitude diante de Deus, bem mais do que atos. É desobediência e rebelião. O pecador nunca é um coitado ou uma vítima do meio, da deseducação ou produto da falta de oportunidade, no ensino do Antigo Testamento. É alguém que é pecador porque optou pelo pecado. E o preço do pecado é a morte, eterna. Aqueles que, com seus atos, estão rebelados contra Deus, estão sob a ira e o juízo de Deus (Sl 1.5) e enfrentam destruição total (Gn 13.13; Sl 104.35; Is 1.28). Na história de Caim e Abel, o pecado aparece como um animal, pronto a atacar, espreitando “à porta” do coração de Caim, uma fera que fica de emboscada esperando uma oportunidade de atacar. (Gn 4.7).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
A estiagem em Israel deixou duas grandes lições: a primeira é que Deus é majestoso e soberano. A segunda, de igual forma é bem clara: que o pecado cobra a sua conta.
CONCLUSÃO
Não podemos entender a estiagem que caiu sobre Israel como castigo divino; ela foi consequência do pecado, da apostasia, do abandono do culto a YAHWEH. Toda dor e sofrimento causados pela estiagem não tiveram outra origem que não o erro de Israel, e Israel errou não porque não ouviu ou não entendeu, mas porque desobedeceu e se rebelou contra aquele que os plantou naquela terra, “terra que mana leite e mel” – mas que sem a provisão de Deus, só produzia cardos e espinhos. A seca profetizada por Elias questionou a capacidade de Baal controlar as condições climáticas. Serviu para trazer o povo à razão e ao entendimento de que a estiagem só poderia cessar com a intervenção do verdadeiro Deus, e Ele só agiria se houvesse conversão; muito embora sua misericórdia impeça a pessoa de ter o que merece (no caso, o julgamento); a graça lhe dá o que não merece – a salvação; YAHWEH traria a nação ao arrependimento. Deus preservou um pequeno remanescente como evidência de que Ele não abandonou totalmente o seu povo, sempre haverá um remanescente!
N’Ele, que me diz: "regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes" (Rm 12.12),
Campina Grande, Paraíba
Janeiro de 2013,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere
Meu coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, como a seca contribuiu para a execução do plano de Deus?
R. Disciplinando a nação e revelando quem era a divindade verdadeira.
2. Cite duas consequências imediatas advindas com a seca.
R. Fome e escassez.
3. De que forma a provisão divina se manifestou durante a estiagem?
R. Trazendo provisão pessoal, isto é, ao profeta Elias e também de forma coletiva aos cem profetas escondidos por Obadias.
4. O que o profeta afirma relativo a tudo que ocorrera em Israel?
R. Que tudo o que estava acontecendo em Israel era resultado do pecado.
5. Quais lições se podem aprender através da seca em Israel?
R. Resposta pessoal.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;

-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. A Bíblia da Mulher. São Paulo e Barueri, Mundo Cristão e Sociedade Bíblica do Brasil, 2008;
-. La Bíble – Traduction oecuménique de La Bible - TOB, © Les Éditions Du Cerf et Societé Biblique Française, Paris, 1988;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
-. SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
-. ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento.
1 ed., RJ: CPAD. 2009.
-. http://pt.scribd.com/doc/21991078/A-Vida-de-Elias-capitulos-1-a-8-A-W-Pink
TEXTOS UTILIZADOS:
[a] -.
Bíblia de Estudo Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. Nota 2Cr 7.14, p. 506;
[b] -. A.W. Pink, DEUS É SOBERANO, p. 11;

Secretaria da Educação oferta 360 vagas para cursos técnicos em Juazeiro e Uauá




Estão abertas até o próximo dia 23 de janeiro, as inscrições para os cursos técnicos de nível médio na rede pública estadual. Serão ofertadas 11.040 vagas para os Centros Territoriais e Centros Estaduais de Educação Profissional na capital e interior, na forma de articulação subsequente. O Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão do São Francisco, em Juazeiro, oferta 210 vagas para os cursos técnicos em: Agronegócio, Agropecuária, Enfermagem, Meio Ambiente e Arte Dramática. O Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão e Negócios do Norte Baiano, também em Juazeiro, oferta 60 vagas para Secretariado e Serviços Públicos. Em Uauá, estão abertas 90 vagas no Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão do São Francisco II Antonio Conselheiro, para técnico em Segurança do Trabalho e em Contabilidade.

Em toda a Bahia, a oferta contempla 61 Centros Territoriais e Estaduais de Educação Profissional localizados em 62 municípios dos 27 Territórios de Identidade. Dois novos cursos estão sendo ofertados pela Rede: Técnico em Farmácia e Técnico em Cuidados de Idosos pela Rede.

Esta é mais uma etapa da política pública de Educação Profissional da Bahia que visa a formação e qualificação profissional de jovens e trabalhadores para que atendam e se beneficiem do desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Estado. Nos últimos cinco anos, o Estado ampliou em mais de 1.400% a oferta de vagas de cursos técnicos de nível médio, pulando de 4.016 matriculados, em 2006, para mais de 60 mil no segundo semestre de 2012. A meta é chegar a 84 mil pessoas matriculadas em Educação Profissional na Bahia até 2014.

Quem pode se inscrever

Estudantes que já concluíram o ensino médio na rede pública de ensino, domiciliado na Bahia, que querem voltar a estudar e fazer um curso técnico de nível médio. As vagas são para o primeiro e segundo semestres de 2013.

Onde fazer as inscrições

As inscrições serão feitas, exclusivamente, no Portal da Educação: www.educacao.ba.gov.br e no blog da Educação Profissional www.educacaoprofissionaldabahia.blogspot.com

Como fazer a inscrição

Ao acessar a página de inscrição, o candidato deve informar o número do CPF e fazer apenas uma opção de curso, indicando qual o município, o Centro Territorial e/ou Centro Estadual de Educação Profissional que quer estudar. Também deve apontar o turno de sua preferência e optar entre o primeiro e o segundo semestres de 2013.

Sorteio Eletrônico

As vagas serão distribuídas por sorteio eletrônico, uma forma democrática de acesso à EP na Bahia por garantir igualdade de oportunidade para todos. O sorteio será realizado no dia 05 de fevereiro, às 15 horas, no Instituto Anísio Teixeira (IAT), situado na Rua das Muriçocas, s/n, Paralela, em Salvador. O sorteio será transmitido por videoconferência e acompanhado por órgãos controladores do Estado, como o Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas, Auditoria Geral do Estado, Conselho Estadual de Educação, professores e será aberto para acompanhamento de estudantes, pais e mães. Não será realizado Sorteio Eletrônico para os cursos cuja demanda de candidatos seja inferior ao número de vagas ofertadas.

Matrícula

A matrícula para os contemplados no sorteio eletrônico ocorrerá nos dias 25 e 26 de fevereiro de 2013. As pessoas contempladas deverão se dirigir aos Centros Territoriais e Estaduais de Educação Profissional para os quais se inscreveram. No ato da matrícula, devem ser apresentadas cópias e originais dos seguintes documentos: CPF, carteira de identidade, comprovante de residência, duas fotos três por quatro e histórico escolar. Só serão aceitos Atestados de Conclusão de cursos para os alunos concluintes do ensino médio no ano letivo de 2012. O início das aulas para quem for contemplado no primeiro semestre está previsto para 1º de abril ou de acordo com o calendário do Centro ou unidade. O início das aulas dos candidatos contemplados no Sorteio Eletrônico para o segundo semestre de 2013 obedecerá ao calendário letivo específico definido pela Secretaria de Educação em Portaria de Matrícula.

Todos os candidatos inscritos serão sorteados e classificados. Mas só serão convocados para matrícula, os classificados de acordo com o número de vagas ofertadas para cada centro e unidade. Os candidatos contemplados no sorteio eletrônico para os cursos no eixo tecnológico Produção Cultural e Design, ofertados pelo Centro Estadual de Educação Profissional em Artes e Design, em Salvador, passarão por um teste de habilidade específica. O teste, de caráter eliminatório, será aplicado no próprio Centro durante o período de matrícula. Os estudantes já deverão se dirigir ao Centro com os documentos necessários, pois se aprovados no teste de habilidade específica efetivarão a matricula imediatamente após o teste.
Foto de arquivo do Blog

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Jovens e Adultos: Os Doze Profetas Menores
Lição 08: Naum – O Limite da Tolerância Divina


Professoras e professores, para esta lição, apresento as seguintes sugestões:


- Iniciem a aula, falando: A aula de hoje será sobre o livro de profeta Naum, o sétimo de uma série de 12 livros que compõem os Profetas Menores. A lição tem como título “Naum – O Limite da Tolerância Divina”.


Ops! Não está faltando alguma coisa para iniciar a aula?


Costumeiramente e repetidamente coloco aquela parte(que vocês já conhecem) que deve acontecer antes de começar o estudo da lição. Mas, pode ser que alguém não se lembre e haja algum visitante novato neste blog, então vou expor novamente o que vocês devem fazer para iniciar uma aula:


“ Iniciem a aula, cumprimentando os alunos, perguntem como passaram a semana. Escutem atentamente as falas dos alunos e observem se há alguém necessitando de uma conversa e/ou oração. Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e apresentem cada um.
Após a chamada, solicitem ao secretário da classe a relação dos alunos ausentes e procurem manter contato com eles durante a semana, através de telefone ou email.
Os alunos se sentirão queridos, cuidados, perceberão que vocês sentem falta deles. Dessa forma, vocês estarão estabelecendo vínculos afetivos com seus alunos.
Compreendem a importância desse ato?
Vocês realmente estão fazendo isto?”


- Agora, vocês iniciam o estudo da lição, falando: A aula de hoje será sobre o livro de profeta Naum, o sétimo de uma série de 12 livros que compõem os Profetas Menores. A lição tem como título “Naum – O Limite da Tolerância Divina”.


- De forma participativa, busquem estabelecer um significado para as palavras “Tolerância”, “Vindicação” e para as expressões “Atributos divinos” e “Juízo Divino”.


- Trabalhem o conteúdo proposto na lição de forma objetiva, sem suprimir partes importantes.
Leiam a lição pelo menos 02 vezes, anotem os pontos mais relevantes. Pesquisem sobre este tema em livros e sites confiáveis. Não percam o foco do tema da aula, daí a importância de levantar pontos principais. Preparem-se para ministrar a aula! Leiam o texto “Planejamento de Aula”(postado abaixo).


- Como trabalhar o tema:
1 – Contexto histórico da época do profeta Naum
2 – Partes do livro e suas características(uso frequente de metáforas)
3 – Mensagem principal do livro
Nesta parte, façam uma relação entre a situação dos ninivitas da época dos profetas Jonas e Naum.
Se possível apresentem algumas imagens das ruínas da cidade de Nínive(norte do Iraque). Esta foto é da porta de Nínive.




4 – O conteúdo da lição deve ser forma trabalhado, buscando o envolvimento do aluno com a aula e contextualizando o tema com a vida do seu aluno. Dessa, forma aprendizagem será mais significativa.


- Utilizem o texto "O Bom e o Mau".


- Para concluir, utilizem a dinâmica “Tolerância Zero”.


Tenham uma excelente e produtiva aula!


Os professores de Adolescentes, Juvenis e Discipulado podem encontrar subsídios pedagógicos para as lições no Blog Atitude de Aprendiz.


Leiam com atenção este texto sobre Planejamento de Aula!


Planejamento de Aula
Fazer planejamento da aula não deve ser entendido como mera formalidade, mas como um instrumento de trabalho que vai proporcionar uma melhor orientação e execução da aula.
Ao preparar a aula, lembre-se de pedir ajuda ao Espírito Santo: “O Consolador vos ensinará...” Jo 14. 26.



O Planejamento de Aula é composto por 5(cinco) partes:
1 – Objetivos: Representam aquilo que você deseja que seus alunos alcancem com a ministração do tema.
A Lição Bíblica já contém os objetivos formados. Leia-os, observando de forma criteriosa a intenção contida neles. Você pode elaborar outros objetivos de acordo com a necessidade de sua turma; tenha cuidado quanto à concretização de cada um deles durante a aula, para isso, utilize bem o tempo disponível.
2 – Conteúdo: É o assunto da lição.
A Lição Bíblica apresenta o conteúdo, dividido em tópicos, facilitando o entendimento gradual do tema a ser estudado. Lembre-se que você pode e deve buscar outras fontes de consulta. Leia toda a lição pelo menos duas vezes, observe o que é mais importante na lição, para expor em primeiro lugar aquilo que é mais relevante.
3 – Metodologia: Refere-se à maneira como você vai compartilhar o assunto da lição com seus alunos.
Oriento que você utilize a aula expositiva dialogada, associada a outros recursos de ensino que possibilitem a participação dos alunos e melhor aprendizagem do tema. Veja alguns exemplos: trabalho em grupo, dramatizações, projetos pedagógicos, dinâmicas, estudo de caso etc.
Faça aplicação do assunto estudado com a vida social e espiritual do aluno, quanto mais o ensino se aproxima da realidade, mais o aluno aprende.
4 – Recurso Didáticos: São instrumentos que facilitam o processo de ensino e a aprendizagem.
São vários os recursos didáticos. Veja alguns que podem ser utilizados na EBD: Cartazes, TV, DVD, filmes, documentários, CD-Som, música, Data-show, retroprojetor e outros que, mesmo não sendo tecnológicos, servem para potencializar a aprendizagem.
É interessante que o professor saiba utilizar estes recursos. Se houver dificuldade, peça ajuda. O recurso serve para auxiliar e deve ser entendido como meio motivador da aprendizagem. Caso você considere que o recurso lhe atrapalha, é porque você não está sabendo ainda como usá-lo. Mas, não desista, procure aprender e buscar auxílio.
5 – Avaliação:
Geralmente, quando se fala em avaliação é comum associá-la à prova, teste, atribuição de notas, mas avaliar vai muito mais além do que isto. A avaliação na EBD também tem sido alvo de opiniões controvertidas: na verdade, qual será a finalidade da avaliação na EBD?
Mas, vejamos o que o professor pode realizar:
. Durante a aula, o professor deve observar a expressão facial e corporal dos alunos, para identificar se estão entendendo o assunto.
. Também deve utilizar-se de perguntas sobre o assunto e expressões como: “Estão entendendo?” e “Alguma dúvida?”
. Pode ainda fazer avaliação escrita ao término do trimestre, com pontuação e premiação a seu critério.
. O professor deve também oportunizar espaço para o aluno realizar autoavaliação.
. O professor pode também fazer autoavaliação ou pedir para que outro colega ou mesmo a turma fale sobre seu desempenho durante a aula.
Elaborar um planejamento dá o norte de como seguir na execução da aula, dessa forma o professor vai ministrar a aula com mais segurança, pois não vai improvisar, utilizando bem o tempo, conhecendo o conteúdo e os objetivos que deseja atingir, utilizando métodos e recursos adequados ao tema e ao aluno, pois sabe o caminho a seguir.
Por Sulamita Macedo.

Postado por Sulamita Macêdo às 19.11.12 0 comentários





Dinâmica: Tolerância Zero


Objetivo: Exercitar a tolerância com o próximo.


Material:
- 03 palavras digitadas: SENHOR, VINGANÇA e CONTRA
- 01 texto(veja abaixo no procedimento).


Procedimento:
- Dividam a turma em dois grupos.
- Entreguem para o grupo 01 a palavra VINGANÇA, para o grupo 02 a palavra CONTRA. Todos deverão saber quais as palavras do seu grupo como também do outro grupo.
- Falem: Será lido agora um texto e quando for lida a palavra que vocês receberam, o grupo deverá ficar em pé imediatamente e depois sentar-se. Quando for lida palavra SENHOR todos deverão ficar em pé(se sua classe não for dentro do templo, os alunos podem bater palmas ao invés de ficar em pé).


Texto para leitura: Naum 1. 2, 3 e 9
“O SENHOR é um Deus zeloso e que toma VINGANÇA; o SENHOR tomaVINGANÇA e é cheio de furor; o SENHOR toma VINGANÇA CONTRA os seus adversários e guarda a ira CONTRA seus inimigos.
O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em força e ao culpado não tem por inocente; o SENHOR tem seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés.
Que pensais vós CONTRA o SENHOR? Ele mesmo vos consumirá de todo; não se levantará por duas vezes a angústia”.


- Comecem a ler o texto e parem após a leitura do primeiro versículo e falem: acho que alguém não entendeu ou não teve atenção, foi só um ensaio. Mas, vamos recomeçar.
Então, reiniciem a leitura e observem o comportamento dos alunos com relação a tolerância ao colega que não está realizando a ação de forma rápida ou até mesmo porque não está atento ou não prestou atenção as orientações dadas no início da dinâmica. Não corrijam nenhuma atitude, mas continuem lendo o texto até o final.


- Agora, trabalhem com os alunos as seguintes ideias.
Estar pronto para praticar algo é necessário conhecer a orientação e obedecer.
Estar atento para ouvir se o comando é para você e para o grupo.
Ser tolerante com o colega que não apresentou a atenção aos comandos.
Até que ponto a tolerância pode continuar?
Há alguém que está cometendo erro de forma deliberada ou não, como proceder?
Há alguém que errou no início e depois desistiu?
Há alguém que, mesmo cometendo erros no início, depois procurou ter atenção as regras e obedeceu?




- Agora, façam relação dessas ideias com a situação dos ninivitas e também a nossa realidade hoje e depois falem sobre a misericórdia de Deus para conosco e que a porta da graça hoje está aberta, mas haverá um tempo que será fechada e será tarde demais para o arrependimento.


Ideia original desconhecida da utilização de texto, palavras-chave e movimentos para dinâmica.
Elaboração desta dinâmica por Sulamita Macedo.

Postado por Sulamita Macêdo às 19.11.12 0 comentários
Marcadores: Dinâmica





Texto de Reflexão: O Bom e o Mau


Nínive estava com problemas com Deus. Um grande problema! Apesar do bom trabalho do relutante profeta Jonas, Nínive voltou aos seus maus caminhos. Os ninivitas haviam oprimido a outros povos, adorado a ídolos e feito atos de crueldade.
Deus viu esta maldade e, por meio das palavras do profeta Naum, anunciou a destruição vindoura de Nínive, usando palavras como ira evingança. Nínive estava prestes a enfrentar o julgamento.
Por que o profeta de Deus iria falar às pessoas de Judá sobre isso? Como é que as palavras assustadoras de Naum poderiam ajudar aquelas pessoas?
Vemos uma ajuda para responder a essas perguntas em Naum 1.7-8. A profecia da destruição daqueles que rejeitam a Deus está em forte contraste com a promessa de Deus àqueles “que confiam nEle”. Os piedosos, em vez de enfrentar o julgamento, seriam protegidos. Encontrariam um refúgio nEle.
Deus não é partidário. Ele provê refúgio, ajuda e conforto para aqueles que confiam nEle e também envia julgamento contra aqueles que desobedecem aos Seus padrões.
A mensagem para nós é a mesma que foi dada a Judá. Por meio da confiança e obediência, podemos desfrutar do conforto do refúgio de Deus – mesmo em tempos de dificuldades. JDB


Fonte: Nosso Pão Diário

Postado por Sulamita Macêdo às 19.11.12

Lição 8: Naum — O limite da tolerância divina



Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Os Doze Profetas Menores — Advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo.
ComentaristaEsequias Soares.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração, pesquisa e postagem no Blog: Francisco A Barbosa.

Lição 8
Naum — O limite da tolerância divina

25 de novembro de 2012

TEXTO ÁUREO

“Disse mais: Ora, não se ire o Senhor que ainda só mais esta vez falo: se, porventura, se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei, por amor dos dez” (Gn 18.32). – A misericórdia de Deus é evidente no seu desejo de poupar a maioria pecadora em favor de apenas dez justos. Menos de dez poderiam ser individualmente salvos, como acontece em Gn 19. Em casos de punição especial infligido sobre cidades e nações, indivíduos justos eram, às vezes, separados para preservação (Js 6.25). [a]

VERDADE PRÁTICA

No tempo estabelecido por Deus, cada nação, e cada indivíduo em particular, passará pelo crivo da justiça divina.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Naum 1.1-3,9-14.


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·                     Explicar o contexto histórico do livro de Naum;
·                     Apontar os limites entre tolerância e vindicação; e
·                     Conscientizar-se da existência do juízo divino.

Palavra Chave
Tolerância: 1. Condescendência ou indulgência para com aquilo que não se quer ou não se pode impedir. 2. Boa disposição dos que ouvem com paciência opiniões opostas às suas. 3. [Medicina] Faculdade ou aptidão que o organismo dos doentes apresenta para suportar certos medicamentos.[b]

COMENTÁRIO

introdução

Cerca de cento e cinquenta anos antes de Naum, na época do Profeta Jonas, Nínive, a capital da Assíria, recebeu o perdão de YHWH, mediante o arrependimento de seu povo. Os ninivitas convertidos por Jonas não repassaram os ensinos aos seus filhos (3.1-4), a Assíria perdoada, progrediu rapidamente e embriagados por suas conquistas, aquela geração tornou-se ainda mais arrogante e cruel. Em seu livro, Naum descreve a situação moral da Nínive contemporânea como uma cidade sanguinária e traidora. No futuro castigo, o profeta prediz o que a cidade ira sofrer como consequência de todo sangue derramado. Até então a Nínive invencível, foi submetida pelo imperador Nabopolasar da Babilônia no ano de 612 a. C. Assim, como profetizou Naum, Nínive, depois de sua destruição desapareceu da face da terra. O profeta surpreso pergunta: “Onde está agora o covil dos leões, e as pastagens dos leõezinhos, onde passeava o leão velho, e o filhote do leão, sem haver ninguém que os espantasse? O leão arrebatava o que bastava para os seus filhotes, e estrangulava a presa para as suas leoas, e enchia de presas as suas cavernas, e os seus covis de rapina” .(Na 2.11,12). O propósito de Naum é o de pronunciar o julgamento de Deus sobre a Assíria e confortar Judá com esta verdade. Vale a pena ao estudante da Bíblia, que deseja mais compreensão e mais profundidade na Palavra de Deus, a leitura do livro de Naum. É um livro pequeno, mas que mostra todo o desgosto divino contra a cruel Assíria.Tenham todos uma excelente e abençoada aula!

I. O LIVRO DE NAUM

1. Contexto histórico. Naum, cujo nome em hebraico significa "conforto, consolo" - e é esta a ênfase da mensagem do profeta, é o sétimo dos Profetas Menores. O nome é uma variação de Neemias, que significa “YAH consola”. É semelhante a Barnabé, “filho da consolação” no Novo Testamento (At 4.36). Viveu na mesma época em que viveram os profetas Habacuque e Sofonias. A família de Naum era originária de uma aldeia que mais tarde recebeu o nome do profeta, em sua homenagem.
a) Origem do profeta. Nascido em Elcos, vila da área de Cafarnaum, na Galiléia, por isso também chamado de Elcosita (em hebreu “elgoshi”). A desconhecida Elcós parecer ser a Cafarnaum do Novo Testamento. Ou então a cidade de Cafarnaum recebeu este nome em homenagem a ele, pois o nome da cidade significa “vila de Naum” (é oportuno salientar que Naum lembra o cuidado de Deus pelo seu povo, e que Cafarnaum foi a cidade que viu os milagres de Jesus pelo seu povo, e não creu nele - Mt 11.23).
b) Período aceitável. Naum profetizou cerca de 50 anos antes da queda do império Assírio, ocorrido em 612 a.C. Isto coloca a profecia de Naum no ano 661 a.C. logo após a queda da cidade de No Amom (Tebas, em grego), a capital do sul do Egito, sob o rei Assurbanípal, da Assíria, no ano de 663 a.C., a que Naum se refere como um acontecimento passado, e a queda de Nínive, em 612 a.C., que Naum profeticamente prevê (3.5-10) [c].
c) Nínive (v.1). Nínive (em acadiano: Ninua; neo-aramaico assírio: ܢܝܢܘܐ; em hebraico:נינוהNīnewē; em grego: Νινευη; em latim: Nineve; árabe: نينوىNaīnuwa), uma "cidade excessivamente grande", como é chamada no Livro de Jonas, jazia na margem oriental do rio Tigre, na antiga Assíria, através do rio da importante cidade moderna de Mosul, no estado de Ninawa, Iraque [d]. Nínive e Assíria, são intercambiados, usados para designar a mesma potência. A cidade era assustadora.  Além do poderio militar, que a fez assombrar o mundo por pelo menos meio milênio, Nínive era de uma incrível crueldade, além de seu grosseiro paganismo. Um de seus métodos para tratar os vencidos era o do empalamento: atravessar a pessoa com uma estaca afiada, que ia do ânus em direção ao tronco. O esfolamento, em que a pele da pessoa era tirada, com prática e com requintes de desumanidade, era um outro método de tratar os vencidos. Geralmente, conquistada uma cidade, alguns de seus habitantes eram levados como escravos para trabalhar na construção, mas outros, impossibilitados para o trabalho forçado, como doentes e idosos, eram levados como exemplo. Às portas de uma outra cidade sitiada, eram empalados ou esfolados, como sinal do que aconteceria aos moradores da cidade cercada se esta não se rendesse. Por tudo isto, Nínive era temida pelas pequenas nações que lhe pesados pagavam tributos para poder viver em paz. E assim entendemos o porquê da linguagem tão dura empregada pelo profeta, por ordem divina, à cidade. Deus pune a crueldade. E em matéria de crueldade, Nínive era imbatível[e].
2. Estrutura. O “Livro da visão de Naum” (v.1b) consiste em três breves capítulos. É interessante notarmos que os 3 capítulos são as 3 divisões temáticas e teológicas deste livro. O livro é estruturado da seguinte forma: A certeza do destino de Nínive – descrevendo o caráter de Deus; 2. A conquista e captura de Nínive – ouve-se o barulho da batalha; 3. As razões para julgamento – a justiça de Deus.
3. Mensagem. O tema geral do livro de Naum é: “Deus jamais será iludido ou ridicularizado” Este tema é acompanhado de uma mensagem central, encontrada em 1.3 – “Deus é tardio em irar-se – grande em poder – e não irá absolver os culpados”. O livro enfatiza, teologicamente falando, quatro temas: (a) A soberania de Deus; (b) A justiça de Deus; (c) A graça de Deus; e (d) A esperança de Deus para Seu povo. É interessante notarmos que este tipo de movimento da justiça e misericórdia de Deus é visto em todas as profecias que tem o objetivo de corrigir atos do povo.

SINOPSE DO TÓPICO (I)
O tema do livro de Naum é a “queda de Nínive”. Ele descreve o juízo de uma cidade que deliberadamente rebelou-se contra Deus.

II. TOLERÂNCIA E VINDICAÇÃO

1. Vingança (v.2). A mensagem de Naum é o juízo divino sobre Nínive. Aqui, sobressaem os atributos divinos pertinentes ao tema. O verbo hebraico nāqām, “vingança, vingado, disputa, discussão”. Este termo ‘e empregado para se referir a vingança humana. Mais frequentemente, no entanto, este termo hebraico se refere a retribuição divina (Lv 26.25; Dt 32.35,41,43; Ez 24.8; Mq 5.15). Por exemplo, o salmista encorajou os justos com a esperança de que um dia eles serão vingados, e Deus vai reparar as injustiças cometidas contra eles (Sl 58.10). Na verdade, Ele irá julgar os que agiram com vingança para com o seu povo (Ez 25.12,15). Em ultima análise, o juízo dos inimigos de Deus significará redenção para o seu povo (Is 34.8; 35.4; 47.3; 59.17; 63.4).[f]
2. Longanimidade. Deus é compassivo e “tardio em irar-se” (v.3a), do verbo hebraicoārekh, longo, longânimo, de asas longas, paciente, tardio [em irar-se]. Adjetivo que significa longo, prolongado ou lento. Esta palavra designa primariamente sentimentos pertencentes a uma pessoa: quer sendo de temperamento brando ou paciente; quando usada para descrever Deus, esta palavra significa tardio em irar-se, e é imediatamente contrastada com o grande amor, fidelidade e poder de Deus, demonstrando sua verdadeira natureza e paciência (Ex 34.6) [g]. Esta declaração revela o fato de que o Senhor pode retardar o momento em que começa o seu juízo. Contudo, podemos ter certeza de que, no final, Ele o realizará.
3. O poder de Deus. As descrições poéticas dos atributos divinos estão ligadas ao poder e a majestade de Deus (1.3-8). Não poderemos ter correto conceito de Deus, se não pensarmos nEle como onipotente, igualmente como onisciente. Quem não pode fazer o que quer e não pode realizar o que lhe agrada, não poder ser Deus. Como Deus tem uma vontade para decidir o que julga bom, assim tem poder para executar a Sua vontade. "O poder de Deus é aquela capacidade e força pela qual Ele pode realizar tudo que Lhe agrade, tudo que a Sua sabedoria dirija, tudo que a infinita pureza da Sua vontade resolva. "... como a santidade é a beleza de todos os atributos de Deus, assim o poder é aquilo que dá vida e movimento a todas as perfeições da natureza divina. Como seriam vãos os conselhos eternos, se o poder não interviesse para executa-los! Sem o poder, a Sua misericórdia seria apenas uma débil piedade, as Suas promessas um som vazio, as Suas ameaças mero espantalho. O poder de Deus é como Ele mesmo: infinito, eterno, incompreensível; nao pode ser refreado, nem restringido, nem frustrado pela criatura. O profeta declara que o Senhor “tem o seu caminho na tormenta e na tempestade” (v.3). Em linguagem metafórica, o poder, a grandeza e a majestade do Senhor são descritos através da força da natureza. Essas descrições mostram que a espera do Eterno em punir os ninivitas não se deu por falta de poder, mas por causa de sua longanimidade.

SINOPSE DO TÓPICO (II)
Deus é tolerante, compassivo, pois espera o arrependimento do pecado. Todavia, a sua justiça não permite tomar o culpado por inocente.

III. O CASTIGO DOS INIMIGOS

1. Quem são os “inimigos”? As origens ninivitas remontam a Gênesis 10.9-12. O fundador de Nínive foi Ninrode [seu nome significa: nós nos rebelaremos; tradições judaicas o identificam como o construtor da torre de babel. Esse caçador e guerreiro é um arquétipo do ideal mesopotâmico para um rei], que surge assim na Bíblia: “Ele era poderoso caçador diante do Senhor; pelo que se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor” (Gn 10.9). Ninrode, o poderoso caçador, fundou a cidade. O hebraico para “caçador” étsayd, que tem sido interpretado por João Calvino como “caçador de homens”. Ele foi o primeiro escravista, o primeiro homem a fazer escravos e a dominar os outros. Foi assim que se tornou poderoso, caçando as pessoas, tornando-as escravas, oprimindo-as. As origens de Nínive estão na escravidão e na brutalidade. Nínive era temida pelas pequenas nações que lhe pagavam pesados tributos para poderem viver em paz. E assim entendemos o porquê da linguagem tão dura empregada pelo profeta, por ordem divina, à cidade. Deus pune a crueldade. E em matéria de crueldade, Nínive era imbatível.
2. O estilo de Naum. O livro, em linguagem poética, foi escrito para consolar Judá com referência ao seu feroz inimigo, a Assíria, profetizando a completa destruição de Nínive e a proteção de Judá (veja Is 14.24-27)
3. Reminiscências históricas? “conselheiro de Belial” e “Um que pensa o mal” é, provavelmente, uma referencia geral ao caráter habitualmente iníquo dos governantes assírios. Podia estar se referindo tanto a Senaqueribe, cujo ataque planejado contra Jerusalém em 701 a.C. foi impedido (2Rs 18), quanto a Assurbanipal, o ultimo grande rei da Assíria (669-627 a.C.), que conquistou o Egito e forçou o rei Manassés, de Judá, a se submeter como seu fantoche (2Cr 33.11-13).
4. A consolação de Judá. Uma confortante mensagem divina assegura ao povo de Deus que a queda da Assíria implica no fim de sua humilhação. “Os destinatários eram os povos oprimidos de Israel e Judá. Que por mais de um século sofreram com as depravações brutais promovidas pelas forças armadas assírias. Como resultado disso, tiveram seus lares destruídos, as plantações queimadas, suas esposas e filhas estupradas e as crianças arremessadas contra as paredes. Essa opressão alcançou seu ponto culminante em 722 a.C, quando os assírios destruíram Samaria totalmente e levaram o povo de Israel para o cativeiro” (Guia do leitor da Bíblia, CPAD, pg.556). Assim como Deus havia, anteriormente, usado os assírios, ele usa os medos, os babilônios e os citas para fazer o sepulcro para Nínive. Ez 32.22-23 confirma essa profecia.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
O castigo divino contra os inimigos de Judá trouxe-lhe consolação e o favor divino de misericórdia.

CONCLUSÃO

A leitura do livro de Naum nos enriquece com uma lição: a história tem suas rédeas nas mãos do Todo-Poderoso. Os homens levantam impérios tiranos e cruéis, mas sua queda não tarda. Deus retomará o que é seu, aniquilando o poder do Maligno e dá mostras disto derrubando reinos, nações e culturas quando estas se ensoberbecem: “Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque são dele a sabedoria e a força. Ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; é ele quem dá a sabedoria aos sábios e o entendimento aos entendidos” (Dn 2.20-21). Deus é o Senhor da história. Há um Deus que pune o mal e que faz sua vontade prevalecer. Há um Deus que vê os adversários de seu povo e os julga no tempo soberanamente por Ele determinado. Por isto, confiemos no poder de um Deus que conduz a história e que a faz caminhar para onde ele deseja.
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Recife, PE
Novembro de 2012,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere.


EXERCÍCIOS
1. Qual cidade é apontada como local do nascimento de Naum?
R. A cidade de Cafarnaum.
2. Qual o assunto do livro de Naum?
R. A queda de Nínive.
3. O que é vingança e qual a necessidade de sua aplicação?
R. Vingança é o castigo imposto por dano ou ofensa; diz respeito a infratores contumazes da lei divina.
4. O que mostra a descrição poética dos atributos divinos ligados ao seu poder e à sua majestade?
R. Que a espera do Eterno em punir os ninivitas não se deu por falta de poder, mas por causa de sua longanimidade.
5. Quem são os “inimigos” em Naum?
R. Os assírios.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;
 - Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
OBRAS CONSULTADAS:
[a] -. Bíbia de Estudo Genebra
. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. Nota textual de Gn 18.32; p. 36;
[b] -. http://www.priberam.pt/dlpo/;
[c] -. Bíbia de Estudo Genebra
. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. Introdução ao Livro de Naum; p. 1053;
[d] -. http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%ADnive ;
[e] -. 
http://www.maravilhosagraca.com/index.php?option=com_content&view=article&id=66:o-profeta-naum&catid=50:os-profetas&Itemid=92;
[f] -. 
Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011; Dicionário do Antigo Testamento, 5359 nāqām; pp. 1807 e 1808;
[g] -. Ibdem [f], 750 ārekh; p. 1539;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
- ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009.
- KAISER JR., W. C. Pregando e Ensinando a partir do Antigo Testamento: Um guia para a igreja. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
Quero Entender a Bíblia. CPAD, pg.205;
- BAXTER, J. Examinai as Escrituras. S. Paulo: Edições Vida Nova,  vol. 3, 1995, p. 228;
- SHEDD , Russel (ed.) O Novo Dicionário da Bíblia. S. Paulo: Edições Vida Nova, 2o.  vol. 1965, p. 1112


Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/, na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.

Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa

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